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Agente que sufocou George Floyd usou “força mortífera”, confirma especialista

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Derek Chauvin, o agente da polícia que matou George Floyd.

O sargento Jody Stiger, da polícia de Los Angeles, ouvido em tribunal como especialista em treino policial, sugere que Derek Chauvin usou “força mortífera” na detenção de George Floyd.

Naquele que foi o oitavo dia do julgamento pela morte de George Floyd, o norte-americano assassinado às mãos da polícia de Minneapolis, em maio de 2020, o sargento Jody Stiger, da polícia de Los Angeles, garante que o agente Derek Chauvin fez uso de “força mortífera” durante a detenção de Floyd.

Stiger foi ouvido pelo júri na qualidade de perito externo em treino policial e uso de força. A pressão que o agente fez sobre o corpo da vítima pode ter causado “asfixia posicional, o que pode levar à morte”, explicou o especialista, citado pelo Expresso.

Os advogados de Chauvin argumentam que o facto de a detenção estar a ser filmada pode ter distraído os polícias de monitorizar a condição de saúde de George Floyd.

“Estavam apenas a filmar, e na sua maioria estavam preocupados com Mr. Floyd”, contra-argumentou Stiger.

Quando é necessário usar força, os agentes devem sempre considerar se o suspeito representa uma ameaça e a gravidade do crime alegadamente cometido. Como Floyd era acusado de ter usado uma nota de 20 euros falsa num pagamento, o especialista entende que o uso de tamanha força foi despropositado.

A defesa de Chauvin alega ainda que as drogas encontradas no sistema de Floyd lhe causaram a morte.

O chefe da polícia da cidade de Minneapolis, Medaria Arradondo, testemunhou esta segunda-feira no julgamento de assassinato de George Floyd e disse que Derek Chauvin violou as regras do Departamento de Polícia e o seu código de ética sobre o respeito à “santidade da vida”.

“Não faz parte do nosso treino e certamente não faz parte da nossa ética e dos nossos valores”, disse Medaria Arradondo, referindo-se a como Chauvin, que é branco, pressionou o seu joelho no pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos, durante mais de nove minutos.

“Discordo veementemente que este foi o uso apropriado da força para aquela situação em 25 de maio”, disse Arradondo, citado pela agência Reuters, acrescentando que os polícias são treinados para tratar as pessoas com dignidade e juraram defender a “santidade da vida”.

Daniel Costa, ZAP //

2 Comments

  1. Este Derek, é un três en un. Prende, Julga e Condena e por fim é Carrasco ! o G.Floyd podia não ser nenhum Anjo, mas o dever deste assassino patentado, era de o traduzir as mãos da Justiça !……. Enfim é a América !

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