Os Estados Unidos (EUA) entraram num confronto pela cidade de Kandahar, realizando ataques aéreos em apoio às forças afegãs, enquanto os Talibãs apelam ao Presidente Ashraf Ghani para renunciar.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, avançou na quinta-feira que os ataques aéreos visavam apoiar as forças de segurança afegãs, sem fornecer mais detalhes, noticiou esta quinta-feira o Independent.
Esta ação ocorre numa altura em tropas norte-americanas deixam o Afeganistão. Nas últimas semanas, a administração do Presidente Joe Biden sofreu uma forte pressão do governo afegão, que se sente abandonado pelos aliados ocidentais em face da ofensiva dos Talibãs, que já controlam 85% do país.
O porta-voz do Talibãs, Zabihullah Mujahid, disse à agência Reuters que os ataques ocorreram na noite de quarta-feira, nos arredores de Kandahar, no sul do país, matando três dos seus combatentes e destruindo dois veículos.
“Confirmamos os ataques aéreos e os condenamos com veemência, é um claro ataque e violação do acordo de Doha, pois não poderiam [os norte-americanos] operar depois de maio”, indicou, referindo-se ao acordo entre os EUA e os Talibãs. “Se realizarem qualquer operação, serão responsáveis pelas consequências”, acrescentou.
Os assessores do ex-Presidente Donald Trump assinaram o acordo de paz de Doha após negociações com o Talibãs. As tropas estrangeiras deveriam deixar o Afeganistão em maio, se o grupo cumprisse com as garantias de segurança, mas Biden estendeu o prazo de retirada para 11 de setembro, em memória ao ataque ao World Trade Center, em 2001.
Esta decisão levou os Talibãs a acelerar a sua campanha militar para preencher rapidamente o vácuo de segurança deixado para trás pelas forças dos EUA e da NATO.
Suhail Shaheen, também porta-voz dos Talibãs, disse à agência Associated Press que o grupo não tem planos para uma investida militar em Cabul. Mas avisou que isso pode vir a acontecer, dadas as armas e equipamentos capturados nos distritos recém ocupados.
Ganda Biden Pá..