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ADSE perdeu 64 mil beneficiários em três anos

Prefeitura Rio Bonito RJ

O sistema de saúde dos funcionários públicos perdeu 64 mil beneficiários em três anos, mas, apesar da baixa no número de associados, a despesa tem crescido a um ritmo superior ao da receita.

Nos últimos três anos, a ADSE perdeu 64 mil beneficiários, mesmo depois do aumento do número de funcionários públicos. No entanto, avança o Negócios, apesar da perda de beneficiários, a despesa do sistema de saúde dos trabalhadores do Estado tem crescido a um ritmo superior ao da receita, pondo em causa a sustentabilidade do sistema.

Com o crescimento da despesa, volta à discussão o alargamento a novos beneficiários, tema que já se arrasta há dois anos. Esta segunda-feira, o Conselho Geral e de Supervisão volta a discuti-lo, mas, de acordo com João Proença, presidente deste órgão, não há novo parecer sobre esta matéria.

Segundo o jornal, as maiores perdas registam-se ao nível dos cônjuges dos beneficiários, diminuição que é reflexo da regra, adotada há dois anos, que impede maridos ou mulheres de estarem inscritos caso tenham algum rendimento, mesmo que seja mínimo. Na altura, esta medida traduziu-se numa perda de 20 mil pessoas.

Uma das hipóteses que tem vindo a ser discutida é a inscrição de cerca de 100 mil funcionários do Estado com contrato individual de trabalho. Segundo Eugénio Rosa, um dos membros do CGS, “o Conselho Diretivo tem todo o apoio, devia avançar já”.

Os dados já disponíveis, mas ainda provisórios, apontam para um aumento da despesa da ADSE. Numa perspetiva de tesouraria, o excedente da ADSE está a diminuir, tendo caído para 58 milhões no último ano.

Carlos Liberato Baptista, presidente da ADSE, alertou há duas semanas para a possibilidade de este saldo desaparecer caso não sejam aprovadas as novas tabelas de preços a aplicar aos privados.

O jornal aponta para os pagamentos às entidades do regime convencionado (as que têm acordos) mas também do regime livre que subiram 14%, enquanto as receitas de contribuições avançaram 0,6%. Os encargos registados em função da data do ato desaceleraram para 6,63% em 2017.

ZAP //

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