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Abel Matos Santos pede desculpa e diz-se alvo de ataques pessoais e políticos

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Paulo Novais / Lusa

Abel Matos Santos

O dirigente do CDS-PP Abel Matos Santos fez um pedido de desculpas formal à comunidade israelita, garantindo ter o maior respeito e admiração pelo povo judeu.

A Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) condenou as declarações de Abel Matos Santos, que chamou “agiota de judeus” a Aristides de Sousa Mendes numa publicação no Facebook em 2012. Esta sexta-feira, o dirigente nacional do CDS-PP apresentou um pedido de desculpa formal e sublinhou ter “o maior respeito e admiração pelo povo judeu”.

“Conheço o sofrimento que milhões de judeus sofreram ao longo da História, partilho genuínos sentimentos de solidariedade e honro a memória dolorosa do Holocausto, ainda recentemente celebrada no 75.º aniversário da libertação de Auschwitz”, referiu, citado pelo jornal Publico.

Além de ter qualificado as declarações de Matos Santos como uma “ofensa a todos os judeus”, a CIL considerou que o CDS, “um partido que pretende ser um pilar da democracia portuguesa, não pode estar conivente com declarações similares proferidas por um dos seus líderes”.

Perante a reação da CIL, Abel Matos Santos afirmou ter “o maior respeito e admiração pelo povo judeu em geral e, em especial, pelas comunidades judaicas em Portugal”.

“Abomino qualquer sombra que possa ameaçar o continente europeu de o fazer voltar ao horror e à tragédia de 1939/45”, garantiu, expressando “orgulho na matriz judaico-cristã” de Portugal e “no acolhimento e no trânsito amigo que muitos judeus encontraram” no país “aquando da fuga aos horrores do Holocausto”.

No pedido formal de desculpa, o dirigente acrescenta que não quis “ofender ninguém”.

Em resposta ao Publico, Matos Santos adiantou que as expressões utilizadas na rede social foram divulgadas “fora do seu tempo, retiradas do seu contexto e distorcidas no seu significado” com o objetivo de difamar o membro da direção do CDS. Além disso, adianta o matutino, Abel Matos Santos diz-se “objeto de ataques pessoais e políticos”.

O dirigente do CDS justificou que os comentários em causa tinham sido feitos em 2012 “a propósito de uma controvérsia surgida numa notícia dessa manhã”, e que, mesmo na “expressão descontextualizada que é citada para servir o propósito dos ataques” de que diz ser alvo, não é “possível encontrar um qualquer laivo, direto ou indireto, de antissemitismo”.

“Não é possível porque o não sou, nem fui. Não é possível acusarem-me de antissemita”, assegura.

ZAP //

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2 Comments

  1. Duas hipóteses : Ou estava com os copos e o (In Vino Veritas) falou mais alto; ou distraiu-se de forma lamentável !…. Em todo o caso, desculpas aceites……….Pode apresentar a sua demissão que será aceite !

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