Esta quinta-feira, a Associação Académica de Coimbra (AAC) garantiu, em comunicado, que “fará cumprir intransigentemente a decisão democrática dos estudantes”.
A Associação Académica de Coimbra (AAC) entende que a decisão do Conselho de Veteranos de manter a garraiada no programa da Queima das Fitas deste ano é “uma afronta direta à nossa história coletiva, ao nosso símbolo e, assim, a cada um dos estudantes da Universidade de Coimbra”.
A posição da AAC de garantir, em comunicado, que não autoriza a garraiada na Queima das Fitas de Coimbra surge depois de o Conselho de Veteranos ter decidido manter a garraiada, contrariando assim os resultados do referendo do passado dia 13, no qual 5683 alunos (70,7%) votaram contra a continuidade da garraiada e apenas 26,7 a favor.
Além de garantir que a garraiada não se irá realizar, a associação anunciou ainda que marcou uma conferência de imprensa para o próximo dia 3 de abril destinada a esclarecer questões programáticas e financeiras da Queima das Fitas.
Também o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) apelou à “desobediência civil dos estudantes de Coimbra”, entendendo que a opção do Conselho de Veteranos reflete uma “posição autoritária, conservadora e anti-democrata”.
Em comunicado, citado pelo Jornal de Notícias, André Silva, deputado do PAN na Assembleia da República, afirma que o partido “se junta aos estudantes de Coimbra num apelo subversivo contra esta decisão que não foi tão pouco comunicada com uma argumentação coerente que a justifique”.
O movimento “Queima das Farpas” escreveu na sua página de Facebook que a decisão do Conselho de Veteranos é “autocrática”, “inqualificável” e uma “investida torpe”, mostrando a sua “inadequação ao papel que deve representar hoje na Academia“.
Ao JN, o secretário-geral da Queima das Fitas, Manuel Lourenço, disse que este assunto “ainda merece alguma discussão, uma vez que eu, enquanto secretário-geral, quero representar a vontade dos estudantes.”
Já João Luís Jesus, o Dux Veteranorum que preside ao Conselho de Veteranos, promete pronunciar-se ainda esta sexta-feira sobre a decisão tomada por 27 membros do Conselho (14 a favor da garraiada, 11 contra e 2 abstenções).