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A sua próxima bateria poderá ter sido feita com cerveja

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Investigadores da Universidade do Colorado descobriram uma forma de produzir eléctrodos a partir da água usada na fermentação da cerveja, o que pode atirar para o desuso o lítio – e resolver inúmeros problemas relacionados com a extinção desta matéria prima no planeta.

Esta novidade poderá ainda resolver as questões relacionadas com os desperdícios da fermentação que teriam de ser lançados para a natureza, assim como tornar muito mais económico o processo de fabrico das baterias.

Ao longo da investigação foi descoberto que o ânodo, até aqui fabricado em grafite, pode ser substituído por um material orgânico criado a partir de um fungo, o neurospora crassa, que cresce de forma abundante na água residual da fermentação da cerveja.

Este é o grande momento que a ciência aguardava, um avanço sem precedentes na tecnologia de baterias. Os resultados da investigação foram publicados na mais recente edição da revista especializada Applied Materials and Interfaces.

O processo foi já patenteado, e o grupo de investigadores fundou a Emergy, empresa que vai comercializar junto dos parceiros industriais o processo – que deverá chegar aos nossos equipamentos dentro de alguns anos.

(dr) El Androide Libre

Processo de fabrico de baterias de cerveja

Processo de fabrico de baterias de cerveja

“Vemos um grande potencial no processo, pela sua escalabilidade e porque não requer nada que não exista já”, diz Tyler Huggins, investigador do departamento de Engenharia Civil e Ambiental a Universidade do Colorado e um dos autores do estudo, citado pela Utility Dive.

Actualmente, os fabricantes de baterias para gadgets, smartphones, computadores – e os cada vez mais massificados automóveis eléctricos –  investigam formas de carregamento mais rápido e menos dependente do lítio, mineral cujo processo de extracção é oneroso e exaustivo.

Será este revolucionário processo a solução que todos esperamos? O tempo o dirá.

ZAP / Portal da Tecnologia

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