Israel trava libertação de 110 palestinianos. A “refém das tranças” foi a primeira a voltar para casa

3

HAITHAM IMAD/EPA

O momento em que militantes palestinianos libertam a refém israelita Arbel Yehud para o Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Israel recebeu reféns e ordenou regresso à cadeia dos palestinianos que seriam libertados. Libertação de jovem soldado de 20 anos após 16 meses de cativeiro foi a primeira de oito desta quinta-feira no âmbito do cessar-fogo.

A refém israelita Agam Berger, de 20 anos, foi a primeira de oito reféns a ser libertada esta quinta-feira e já se encontra em território de Israel, após 16 meses de cativeiro em Gaza.

A libertação da soldado foi primeira de três previstas para esta quinta-feira (mais cinco tailandeses), naquela que é a terceira troca de reféns por prisioneiros palestinianos no âmbito do cessar-fogo em vigor entre Israel e o Hamas. Por outro lado, Israel suspendeu “até nova ordem” a libertação de 110 detidos palestinianos prevista para hoje, anunciou a Rádio do exército israelita.

Segundo o The Times of Israel, os prisioneiros estavam nos autocarros prontos para serem libertados quando receberam ordem para sair dos veículos. A decisão foi tomada após o caos na libertação de alguns destes reféns em Khan Younès (sul), condenado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, considerando que se tratou de “cenas chocantes”.

“De acordo com as informações comunicadas pela Cruz Vermelha, sete reféns, incluindo dois israelitas e cinco estrangeiros, foram transferidos para a Cruz Vermelha e estão a caminho das forças das IDF e da ISA na Faixa de Gaza”, lê-se em comunicado de Israel no X.

O momento tenso da libertação da refém de 29 anos, Arben Yehoud, foi capturado e circula nas redes sociais.

O primeiro refém norte-americano detido pelo Hamas vai ser libertado amanhã, segundo a equipa de Donald Trump. Israel anunciou a libertação de mais 11 reféns entre quinta-feira e sábado.

O momento de libertação de Agam

Membros da Cruz Vermelha estiveram presentes no local e de acordo com o Exército israelita Agam Berger já se encontra neste momento em Israel. Agam foi entregue esta quinta-feira pelo Hamas à Cruz Vermelha em Jabalia, no norte do enclave, segundo um jornalista da France Presse no local.

O momento da libertação foi partilhado nas redes sociais pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).

Os pais da refém não esconderam o alívio.

Israel/X

Agam Berger tinha 19 anos quando foi capturada pelo Hamas.

As reféns já libertadas nas duas anteriores trocas assistiram juntas à libertação da jovem soldado, vê-se pela foto publicada pelo gabinete do primeiro-ministro na manhã desta quinta-feira.

Tranças como símbolo de resistência

Agam Berger, observadora das IDF, foi capturada enquanto dormia juntamente com quatro companheiras, no dia 7 de outubro de 2023, quando cumpria o serviço militar perto da Faixa de Gaza.

Durante os meses de cativeiro, ter-se-á destacado não só pela resistência, mas também por… fazer as tranças nos cabelos das outras reféns, avança o The Times Of Israel.

Agam, ainda de pijama, foi fotografada pelo Hamas, ensanguentada. À medida que as primeiras reféns libertadas eram libertadas, algo chamava a atenção: os seus cabelos estavam cuidadosamente entrançados. No início, pensou-se tratar-se de um ato coletivo entre as reféns. Mais tarde, soube-se que foi Agam Berger a responsável por esse gesto, um ato que se tornaria um símbolo de resistência silenciosa da campanha de propaganda israelita.

110 palestinianos (e 5 tailandeses) por três israelitas

Uma outra jovem, civil, Arbel Yehud, de 29 anos, refém no mesmo dia no Kibbutz Nir Oz e um cidadão israelo-alemão de 80 anos, Gadi Moses, também devem ser libertados esta quinta-feira.

Os três reféns israelitas vão ser trocados por 110 cidadãos palestinianos detidos por Israel, incluindo 33 condenados a prisão perpétua.

Cinco tailandeses também devem ser libertados ainda durante o dia de hoje, fora do âmbito do acordo de tréguas.

Os prisioneiros libertados, 20 dos quais vão ser exilados, devem chegar a Ramallah, na Cisjordânia ocupada, ao meio-dia (10:00 em Lisboa).

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. São uns animais, é mais que tempo de Israel acabar com essa gente e anexar toda a faixa de gaza . Esses animais que vão para o Irão,Qatar e para todos os paises que apoiam os terroristas. Se a Russia está a fazer isso com territorios ucranianos e vai acabar por ficar com eles pois Trump é um cobarde com os fortes e um Bully com os fracos , Israel tem mais que motivos para acabar com um território onde estão 2 milhões de potenciais terroristas nas suas fronteiras

    3
    2
    • Plenamente de acordo.
      Israel tem, de acabar de uma vez por todas, de acabar com estes terroristas e com quem os financia, especialmente o Irão.
      Já chega!

    • Nem mais! Já é tempo de acabar com esta palhaçada árabe, e deixar os israelitas governarem, já que provaram serem melhores em tudo que todos árabes juntos! Estes “palestinianos” foram uma criação soviética com o beneplácito imperialista dos árabes! Jamais existiu um povo ou nação palestinos! A existir foram os israelitas.

      Editar – 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.