Os acionistas da companhia familiar “A Padaria Portuguesa”, entre os quais o ex-Gato Fedorento José Diogo Quintela, colocaram a empresa à venda, tendo já contratado o Haitong Bank para assessorar o processo de alienação do capital.
Segundo o Jornal Económico, o Haitong Bank, banco internacional de investimento sediado em Lisboa, já está a receber propostas pela empresa, que deverá fechar este ano com uma faturação de 44 milhões de euros.
A companhia familiar, controlada pelo fundador e CEO, Nuno Carvalho, e pelo primo, o conhecido humorista José Diogo Quintela, é atraente para fundos de capital de risco e fundos de private equity.
Além de 78 lojas concentradas na região de Lisboa e do Porto, A Padaria Portuguesa tem duas fábricas de produção própria, em Marvila e no Porto, e cerca de mil trabalhadores.
O plano de expansão até 2028 apresentado recentemente pela empresa, avaliado em 16 milhões de euros, prevê a abertura de mais 40 unidades e chegar a vendas superiores a 80 milhões no último ano.
“Este plano prevê criar 600 novos postos de trabalho até 2028″, informou em outubro a empresa, em comunicado citado pelo ECO.
“Temos como missão permanente a melhoria das suas condições de trabalho, e estamos muito felizes em anunciar também a atribuição de seguro de saúde a todos os colaboradores efetivos, que representam mais de 60% das pessoas que trabalham connosco”, adiantou então Nuno Carvalho.
Os colaboradores da empresa irão também beneficiar no próximo ano de investimentos na sua formação, oportunidades de evolução de carreira e progressão salarial, acrescentou o CEO da companhia, fundada há quase 15 anos, em março de 2010, numa pequena fábrica em Samora Correia.
“Eram outros tempos. Tempos em que os portugueses, e sobretudo os lisboetas, iam cada vez mais comprar o seu pão às grandes superfícies, quase sempre distantes das zonas de residência”, explica Nuno Carvalho no site da empresa.
“A nossa missão passava por resgatar um sentimento bairrista em declínio, com produtos de fabrico próprio, um atendimento personalizado e acolhedor, e a oportunidade generalizada de tomar o pequeno-almoço fora de casa”, acrescenta a nota do fundador e acionista de referência.
Em 2022, a empresa foi eleita Superbrand Nacional na categoria “Marcas Nacionais”.
Excelente notícia!
Talvez seja desta que os produtos deixem de vir da fábrica embalados com baratas, talvez seja desta que os funcionários possam ter alguma dignidade, talvez seja desta que passam a ter um café a que se possa chamar café…
O melhor mesmo seria fechar. Mas à falta de melhor…