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A “mãe de todas as manifestações” já fez 3 mortos e mais de 400 detidos

Pelo menos três pessoas morreram e mais de 400 foram detidas pelas autoridades venezuelanas, na sequência das manifestações contra o Presidente Nicolás Maduro, esta quarta-feira, reprimidas pela Guarda Nacional Bolivariana.

Esta quarta-feira, o povo venezuelano saiu à rua para protestar contra o atual regime e contra o Presidente Nicolás Maduro, numa manifestação que foi batizada como a “mãe de todas as manifestações”.

As autoridades reportaram três mortes: um jovem de 17 anos, em Caracas, uma mulher de 23 anos, em San Cristobal, perto da fronteira com a Colômbia, e um militar no sul do país.

Mais de 400 pessoas foram detidas na sequência dos protestos. “Está a aumentar o número de detidos que estamos a registar. São mais de 400 a nível nacional“, anunciou o diretor da organização não-governamental Foro Penal Venezuelano, Gonzalo Himiob, através do Twitter.

Segundo o responsável, foram detidos manifestantes em Caracas e nos estados de Nova Esparta, Táchira, Carabobo, Miranda, Anzoátegui, Bolívar, Arágua, Barinas, Cojedes, Monágas e Zúlia.

Os manifestantes colocaram barricadas e atacaram vários militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que tentava reprimir os protestos, chegando mesmo a usar bombas de gás lacrimogéneo.

Escreve a BBC que o líder da oposição Henrique Capriles pediu aos manifestantes que continuem o protesto esta quinta-feira.

Entretanto, Maduro convocou a oposição para um novo diálogo, dizendo que está pronto para reunir-se e “ver-se cara a cara com os porta-vozes da oposição, para dizer-lhes quatro verdades, outra vez, e pedir-lhes, a nome de milhões de homens e mulheres da Venezuela, que retifiquem e que terminem com a violência e o golpismo“.

ZAP // Lusa

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