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A icónica tapeçaria “Guernica” de Picasso foi retirada da ONU. Rockfeller pediu-a de volta

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A icónica tapeçaria “Guernica”, de Pablo Picasso, foi retirada do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), onde estava há mais de 30 anos.

A pintura “Guernica”, considerada uma das grandes obras-primas de Picasso e por muitos críticos de arte como a pintura anti-guerra mais poderosa da História, está exposta no Museu Reina Sofia, em Madrid, Espanha.

A tapeçaria da pintura, tecida pelo Atelier J. de la Baume-Durrbach, foi considerada uma obra perfeita para o Conselho de Segurança, o órgão mais poderoso da ONU encarregado de garantir a paz e a segurança internacionais.

A tapeçaria foi encomendada em 1955 pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos e governador de Nova Iorque Nelson Rockefeller e oferecida à ONU, como empréstimo, em 1984.

A família Rockefeller doou também o terreno para construir o complexo da ONU, após o grupo mundial ter sido fundado sobre as cinzas da II Guerra Mundial “para salvar as gerações seguintes do flagelo da guerra”, segundo uma carta da ONU ao Conselho de Segurança, que foi obtida esta quinta-feira pela Associated Press.

Durante as reformas do prédio da ONU, que começaram em 2009, a tapeçaria foi devolvida à Fundação Rockefeller para custódia. A obra foi reinstalada em setembro de 2013, quando as reformas foram concluídas, de acordo com a carta da chefe de gabinete do secretário-geral da ONU, António Guterres, Maria Luiza Viotti.

Porém, agora, a tapeçaria foi retirada da ONU novamente. “Nelson A. Rockefeller, Jr., dono da tapeçaria Guernica, notificou recentemente as Nações Unidas sobre a sua intenção de recuperá-la”, escreveu Viotti. “Após a sua notificação, a tapeçaria foi devolvida a Rockefeller no início deste mês.”

Rockefeller é filho do falecido Nelson Rockefeller e da sua esposa “Happy”.

Segundo Viotti, o Comité de Artes da ONU vai analisar as opções de arte para substituir “Guernica” e preencher a parede amarela agora vazia fora da câmara do Conselho de Segurança.

Maria Campos, ZAP //

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