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A guerra fez-se ouvir na Eurovisão. Ganhou um pequeno país neutral

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Jessica Gow / EPA

O suíço Nemo canta ‘The Code’ na final da 68ª edição do Festival Eurovisão da Canção.

O cantor suíço Nemo venceu este sábado, em Malmö, na Suécia, o Festival Eurovisão da Canção, numa competição marcada pela polémica sobre a presença de Israel e pela desqualificação do concorrente holandês. Portugal ficou em 10º lugar.

O “Grito” de Iolanda levou Portugal ao 10º lugar na 68ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que este ano deu à Suíça a sua terceira vitória no concurso.

O suíço Nemo triunfou com “The Code”, uma ode pop-rap ao percurso do cantor para abraçar a sua identidade sem género.

O rapper obteve o maior número de pontos de uma combinação de júris nacionais e de telespectadores de todo o mundo.

“Espero que este concurso cumpra a sua promessa e continue a defender a paz e a dignidade de todas as pessoas”, declarou Nemo após o anúncio do resultado. Expressou orgulho em aceitar o troféu para “pessoas que ousam ser elas próprias e pessoas que precisam de ser ouvidas e precisam de ser compreendidas”.

Esta é a terceira vez que a Suíça vence o concurso, e a primeira vitória de uma pessoa não binária. O rapper nascido em Bienna, em 1999, não se identifica nem como pessoa feminina nem masculina.

https://youtu.be/CO_qJf-nW0k

A vitória de Nemo foi renhida: a Croácia, favorita à partida, liderou a votação do público, mas “Rim Tim Tagi Dim”, interpretada pela cantora croata Baby Lasagna, ficou em segundo lugar.

Eden Golan, a participante de Israel, ficou em quinto lugar, depois de ter recebido uma mistura de vaias e aplausos — que marcaram as atuações da israelita desde as meias finais, durante os ensaios gerais, e enquanto atuava.

Golan qualificou-se para a final poucas horas depois de milhares de manifestantes pró-palestinianos se terem reunido nas ruas de Malmö para mostrar o seu apoio a Gaza. À partida para a final, Golan estava no pódio das favoritas.

A versão inicial da canção israelita, “Hurricane”, incluía uma referência específica ao ataque terrorista do grupo islâmico Hamas a 7 de Outubro de 2023 — que foi retirada, por imposição da organização.

A participação israelita teve a pontuação máxima dos telespetadores, 12 pontos, em 15 países — incluindo Portugal (que deu ainda 10 pontos à Ucrânia). A música de Eden Golan somou 323 pontos através do televoto, apenas atrás da Croácia, que obteve 337 pontos, mas recebeu apenas 53 pontos do júri.

https://www.youtube.com/watch?v=K60BWlEhtAA

Todo o concurso foi ensombrado por protestos contra a participação de Israel, numa altura em que a campanha militar israelita na Faixa de Gaza continua, e pela polémica desqualificação dos Países Baixos.

O participante holandês, Joost Klein, foi banido da final na sequência de uma investigação da polícia sueca a uma queixa formal apresentada por uma mulher da equipa de produção, informou a organizadora do evento, a União Europeia de Radiodifusão, em comunicado.

Na véspera da final, o New York Times colocava os Países Baixos no primeiro lugar da sua lista de favoritos.

Especulou-se inicialmente que a desqualificação da participação holandesa teria tido a ver com uma tensa troca de palavras entre Klein e Golan durante uma conferência de imprensa, na quinta-feira à noite.

Quando perguntaram à israelita se a sua participação era um risco de segurança, elementos da organização disseram a Golan que não precisava de responder.

“Porque não?”, perguntou o holandês, do outro lado da mesa. E, durante a resposta da israelita, Joost Klein cobriu-se com a bandeira dos Países Baixos e cruzou os braços, aparentemente revoltado.

No seu comunicado, a organização esclarece no entanto que “ao contrário de alguns relatos dos media e da especulação nas redes sociais“, o incidente que levou à desqualificação “não envolveu qualquer outro artista ou membro de delegação”.

Segundo a estação televisiva sueca SVT, Klein terá agredido uma fotógrafa ou uma operadora de câmara que cobria o evento.

E Portugal? Bem, não se pode arrasar e ganhar sempre…

Iolanda, que terminou o concurso num honroso 10º lugar, não fugiu à polémica que marcou o evento. Na sua atuação na final, levava as unhas pintadas com o padrão do ‘keffiyeh’, o controverso símbolo da causa palestiniana. Na fim da sua atuação, despediu-se do público com uma curta mensagem.

A paz prevalecerá“.

https://youtu.be/OZn4-H6JvKU

ZAP //

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7 Comments

  1. Israel aproveita para fazer uma imagem de charme num festival que apenas serve para promover a mediocridade musical. Mas Israel não é o único país fora da Europa a concorrer. Se Portugal ganhou com Salvador Sobral apenas por simpatia pir um concorrente que estava fìsicamente mal a aguardar um transplante de coração, agora a simpatia terá sido para com um Nemo ( peixe ?) que estará psiquicamente mal pir não saber se é homem ou mulher !
    É isto um tributo à música ? Ou um tributo à fragilidade?

  2. Os portugueses vão pedir reparações aos franceses pelas 3 invasões que fizeram a Portugal de 1807 a 1810. Destruíram muita coisa e roubaram.

  3. Há muito que a Eurovisão deixou de ter credibilidade. A participação de Israel, a censura de elementos de apoio à Palestina, o abafar dos apupos da plateia na televisão… E um vencedor com patologias psicológicas. Identidade sem género? Por mim podem ser o que quiserem, só não venham para concursos destes “gabarem-se” de algo que ninguém quer saber.

  4. A vitoria da Suiça já estava decidida, o palco em forma de cruz que também se ve na bandeira Suiça, a croa de Jesus que usou na cabeça a gozar com Jesus, e passaram exatamente 33 dias do eclipse de 8 de abril até á vitória deste nemo que é a idade que Jesus foi cruxificado e para comprovar que tudo é simbolico a atuação finalizou com uma imagem do eclipse por trás dele para simbolizar os 33 dias entre o eclipse e a vitoria. A agenda 2030 está em curso…..mas a maioria não vê, vivem num mundo distópico liderado pelas elites que decidem o futuro da humanidade…e só irão acordar quando já for tarde demais….

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