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Assobios não abafaram Israel. É forte favorito a vencer a Eurovisão 2024

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Jessica Gow / EPA

A cantora Eden Golan de Israel na semifinal da Eurovisão 2024.

A cantora Eden Golan de Israel na semifinal da Eurovisão 2024.

Israel qualificou-se para a final da Eurovisão 2024, apesar dos protestos e pedidos de exclusão do concurso de música europeu. E até deu um salto nas apostas, colocando-se como o segundo grande favorito a vencer o certamente que decorre na Suécia.

Após a segunda semifinal, estão decididos todos os finalistas da Eurovisão 2024 que, neste sábado, 11 de Maio, vão disputar o concurso de canções da Europa. E Israel surge no pódio dos três grandes favoritos à vitória.

Depois da actuação da cantora Eden Golan na segunda semifinal, o país deu um salto para o segundo lugar no mercado de apostas que prevê quem vai vencer o concurso.

A Croácia continua à frente como o provável vencedor da Eurovisão 2024 com 42% das probabilidades dos apostadores, seguindo-se Israel com 19% e a Suíça com 12%, conforme dados avançados pelo Eurovisionworld.com que compila as previsões de vários sites.

Portugal aparece em 23º lugar com menos de 1% de hipóteses nesta tabela das previsões.

Assobios a Israel abafados pela transmissão televisiva

A participação de Israel na Eurovisão 2024 é o grande tema desta edição do concurso que se realiza em Malmo, na Suécia.

A versão inicial da canção “Hurricane” incluía uma referência específica ao ataque terrorista do grupo islâmico Hamas a 7 de Outubro de 2023, e foi alterada, para retirar essa parte, devido à imposição da organização.

Muitos europeus pediram a exclusão do país do certame e previa-se que não conseguisse chegar à final, até depois de Eden Golan ter sido muito assobiada durante os ensaios para a semifinal.

Mas o televoto do público deu-lhe a passagem à final – em Itália, terá reunido quase 40% das votações, segundo dados divulgados, alegadamente de forma acidental, pela própria televisão pública italiana.

Nesta quinta-feira, na meia-final em que Eden Golan participou, conseguiram ainda ouvir-se diversos assobios, apesar de a produção televisiva ter reduzido o volume de som do público, para se ouvirem menos os protestos.

https://www.youtube.com/watch?v=xGvv0kIZgZI

No meio da audiência que assistiu ao vivo ao espectáculo, havia uma ou outra pessoa com bandeiras da Palestina. Um dos espectadores chegou a ser retirado do local.

O canal público belga que transmitiu a Eurovisão interrompeu a emissão por breves momentos para deixar uma mensagem a condenar “a violação dos direitos humanos cometida por Israel”, acusando o país de estar também “a destruir a liberdade de imprensa”. A nota incluía que se tratava de “uma acção do sindicato”.

No exterior do local do evento, também se realizaram protestos contra a participação de Israel devido à guerra em Gaza, contando inclusive com a participação da activista climática Greta Thunberg.

“É revoltante e indesculpável para a Eurovisão deixar os israelitas participarem enquanto cometem um genocídio“, salientou a activista sueca numa manifestação de rua.

Mas também houve uma manifestação de apoio a Israel organizada pela comunidade judaica.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enviou o seu apoio a Eden Golan, desejando-lhe “sucesso” no concurso, mas sublinhando que já é uma vencedora por estar na Eurovisão de “forma orgulhosa e muito impressionante”, mas também por “enfrentar” uma “onda feia de anti-semitismo” e por representar “o Estado de Israel com muita honra”.

“Saiba que quando as pessoas gritam ‘boo’, nós gritamos ‘viva’“, notou ainda Netanyahu.

O evento está a decorrer com fortes medidas de segurança, incluindo helicópteros a sobrevoarem os céus, veículos blindados e centenas de polícias a circularem pelas ruas.

Em Malmo, vive a maior comunidade palestiniana residente na Suécia.

Susana Valente, ZAP //

 

6 Comments

  1. Mas Greta Thunberg não devia estar mais preocupar com as questões ambientais?
    Apesar da guerra ser uma fonte de poluição que deveria ser evitada, ela parece mais preocupada com outra agenda!
    Parece que o Governo Israelita cada vez mais a ter razão!!!!
    Pelo menos estas supostos ativistas têm atitudes que acabarão por fazer isso acontecer…

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  2. Não se compreende como aceitar um país de outro continente e que não faz parte da Europa em diversos ramos da cultura, desporto etc. Eles que disputem as competições na região deles! Não o fazem porque os “coitadinhos” são acolhidos por pena e no final ainda se mostram com toda a empáfia e soberba que lhes é característica.

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  3. A Arménia também não faz parte da Europa e, no entanto, participa no festival da Eurovisão…
    A Israel é civilizacionalmente europeia. Foi construída por europeus, e subsiste como oásis de liberdade e democracia na região.
    A cantora é linda e a música entre no ouvido. Espero que ganhe.

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  4. Que a Armênia vá para o lugar dela. Disputem pela Europa os países europeus…

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