Livros que sobreviveram desde os primeiros dias da Biblioteca de Londres revelam que Charles Darwin era um ávido leitor que se interessava sobre os mais diversos temas – e que devolvia sempre os livros que levava emprestados.
Charles Darwin estava faminto por livros em 1 de janeiro de 1846, quando entrou na nova biblioteca de Londres.
De acordo com o jornal britânico The Times, Darwin levou emprestado em cinco volumes sobre a Grécia e o Egito Antigo, os diários do primeiro conde de Malmesbury, uma biografia de Thomas More, um diário de viagem sul-americano e um volume sobre história natural.
Um ano antes, livros sobre William Pitt, Shakespeare e Thomas Raffles e um volume de canções de embalar atraíram a sua imaginação.
Estas memórias dos hábitos de leitura de Darwin durante os anos em que formulou as suas teorias sobre a seleção natural surgiram de um punhado de livros que sobreviveram desde os primeiros dias da Biblioteca de Londres.
Estes livros registaram a forma como Darwin, que entrou naquela biblioteca logo após a sua inauguração em 1841, fez 36 visitas num período de dois anos, levando emprestado pelo menos 200 livros, que vão desde os ensaios de Montaigne a um guia para a arte de caçar cervos.
“Darwin era geralmente um das melhores pessoas a devolver os livros [que levava emprestado]”, disse Nathalie Belkin, arquivista da biblioteca de Lonres. “Era um leitor voraz e um dos primeiros membros que mais levou emprestado ao mesmo tempo. Contudo, os seus livros eram sempre devolvidos”.
Darwin, cuja esposa Emma deu à luz seis filhos na década de 1840, começou a mostrar aos amigos a sua “teoria das espécies” em meados da década com “On the Origin of Species”, publicado em 1859.
Dos 119 títulos registados com o nome de Darwin, mais de 70 sobreviveram. Segundo Belkin, estes livros mostram a “rica história de leitura” de Darwin.