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Ninguém sabe onde param 100 mil toneladas de resíduos industriais perigosos

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Portugal produz uma média anual de 254 mil toneladas de resíduos perigosos, mas destes, apenas 60% dão entrada nos centros de recuperação e eliminação. As restantes 100 mil toneladas pura e simplesmente “desaparecem”.

Segundo a Antena 1, entre estes resíduos perigosos encontram-se produtos químicos, tintas, vernizes, esmaltes, metais, óleos usados, solventes, entre outros, que são produzidos por diversas indústrias.

A estimativa é que estes resíduos rondem as 254 mil toneladas anuais, mas nem todos estarão a entrar nos Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos, que foram criados durante o governo de Durão Barroso.

Em declarações à referida rádio, Manuel Simões, director do Ecodeal, um dos maiores destes centros, realça a “falta de 100 mil toneladas” e lamenta que estes podem estar a ser “desclassificados” para resíduos não perigosos com o intuito de “tornar mais barato” o seu tratamento.

“Isso é bastante perigoso”, frisa o director da Ecodeal.

Segundo um estudo desenvolvido em 2004 por seis universidades nacionais e pelo Instituto Nacional de Estatística, o volume de resíduos industriais perigosos que estão a entrar nos CIRVER representa apenas 60% da produção nacional.

De acordo com o mesmo estudo, a região de Lisboa e Vale do Tejo é a maior produtora de resíduos industriais perigosos, com 121,8 mil toneladas, seguida do Norte do país, com 80 mil toneladas, e da zona Centro, com 46 mil.

O Alentejo e o Algarve são as regiões que produzem menor quantidade de resíduos industriais perigosos.

ZAP

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