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A investigação foi realizada pela Greenpeace e mostra que a extração ilegal de madeira está a provocar grandes estragos nos santuários dos pandas gigantes.
De acordo com a investigação, a exploração ilegal de madeira no sudoeste da China está a destruir os santuários que servem de casa a mais de 30% dos pandas a nível mundial, avança o The Guardian.
O estudo foi realizado durante dois anos pela Greenpeace e revela que um território superior ao equivalente a 1800 campos de futebol já foi destruído de forma ilegal.
As autoridades e negócios locais têm explorado os regulamentos florestais de forma a não deixar passar esta atividade ilegal, situada entre Chengdu e Qinghai-Tibete, mas não tem sido suficiente.
“A extensão da exploração ilegal de madeira nesta área preciosa é chocante”, disse Pan Wenjing, o vice-responsável da unidade de florestas e oceanos da Greenpeace no Este da Ásia.
“Estes resultados minam seriamente os esforços do Governo chinês para preservar o seu património natural”, acrescenta.
A China introduziu regulação na década de 90, tendo sido reforçada em 2012, para evitar esta destruição provocada pela extração ilegal.
Os santuários dos pandas gigantes são elementos fundamentais para proteger a espécie mas não só. Atualmente, são a casa de muitos outros animais como, por exemplo, o panda vermelho, o leopardo-das-neves e o leopardo-nebuloso.
Para conduzir este relatório, a Greenpeace utilizou sinais remotos, inquéritos no terreno e análise ao espaço, tal como fizeram nas províncias de Yunnan e Zhejiang.
“Em termos de conservação florestal, o problema mais urgente e mais grave que a China enfrenta agora é a desflorestação das áreas naturais em nome de melhorar o baixo rendimento da madeira da floresta”, disse Zhou Lijiang, o engenheiro-chefe adjunto responsável pela investigação em Sichuan”.
Ainda este ano, uma investigação realizada pela administração florestal estatal da China (SFA) mostrou que o país, até ao fim de 2013, tinha apenas 1864 pandas gigantes vivos e que 223 dos pandas gigantes selvagens estavam em risco de extinção devido a fatores como a falta de habitat.
ZAP
