Sergey Dolzhenko / EPA
O FC Porto conseguiu esta quarta-feira um empate algo ‘amargo’ na visita ao Dínamo de Kiev, já que permitiu a igualdade 2-2 aos 89 minutos, no arranque do grupo G da Liga dos Campeões.
Gusev (20 minutos) colocou os ucranianos na frente, mas Aboubakar (23 e 81) voltou a provar veia goleadora e deu a volta, só que, aos 89, quando tudo parecia decidido, uma distração defensiva permitiu a Buyalskiy igualar, de cabeça, na ‘cara’ de Casillas, ficando a equipa portista a reclamar fora de jogo.
O resultado é positivo em casa de um rival direto pelo apuramento, mas os três pontos poderiam ser determinantes nas contas do grupo: os ‘dragões’ mantiveram a tradição e continuam sem perder na Ucrânia, contabilizando quatro empates e três vitórias.
Frente à equipa de Miguel Veloso e Antunes, que não pôde contar com o seu ‘capitão’, Yarmolenko, lesionado, Julen Lopetegui, também ele na bancada, a cumprir suspensão, optou por um ‘onze’ prudente, reforçando o meio-campo com quatro médios, nenhum deles extremo.
A estratégia do FC Porto ia servindo de pouco quando, aos oito minutos, Casillas largou uma bola na pequena área, com Junior Morales a tocar contra o corpo de Maxi Pereira e depois Garmash a desaproveitar a recarga.
Refeito do susto, o FC Porto mostrou-se pela primeira vez em livre direto de Brahimi (15), mas o golo acabou por acontecer na outra baliza.
Em lanche rápido, Garmash (20) correu entre três defesas na direita, cruzou, Miguel Veloso não chegou ao lance e Maxi Pereira nada podia fazer quando a bola chegou a Gusev, que, sozinho, bateu Casillas, no dia em que o guarda-redes atingiu igualou Xaxi como jogador com mais jogos na ‘Champions’, com 151 presenças.
Os ucranianos, que estavam a crescer, mal tiveram tempo para festejar, pois Layun deixou um adversário pelo caminho e cruzou para a cabeça certeira de Aboubakar (23), que igualou.
Os golos eram exceção num jogo equilibrado e pouco emotivo, com as defesas a conceder poucos espaços e a emoção a escassear. Até ao intervalo, registo apenas para vistosa defesa de Casillas, que negou golo a Garmash, a rematar sozinho na zona frontal.
Na etapa complementar, o FC Porto tomou conta da bola – retirou a iniciativa ao adversário – mas sem a criatividade e objetividade necessárias para assustar, excetuando um livre de Maicon (58) e um remate de André André (68), ambos a errar o alvo.
A entrada de Tello (65) para o lugar do inconsequente Herrera visava dar, finalmente, maior ambição ofensiva, mas foram Garmach (75) e Junior Morais (77) a assustar.
Corona (80) entrou inspirado e obrigou Rybka a defesa vistosa para canto, na sequência do qual Aboubakar aproveitou um erro do guarda-redes e passividade da defesa para, de pé esquerdo, fazer o 1-2, consumando a reviravolta.
Quando o triunfo parecia garantido, um livre direto é devolvido pela barreira, a bola é bombeada para a pequena área onde Buyalskiy (89) surge, rápido, de cabeça igualar, num lance em que os ‘dragões’ reclamaram fora de jogo de Kravets.
Ainda houve tempo para mais um susto, mas Kravets (90+3), depois de ganhar espaço na área, atirou às malhas laterais.
