A Direcção Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro vai usar aparelhos voadores não tripulados, ou drones, em operações de fiscalização de trabalho escravo.
Raul Vital Brasil, responsável da superintendência regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro, destacou quatro casos de acções em que o equipamento vai permitir a ampliação das fiscalizações.
Um dos casos será em embarcações de pesca, nas quais são registadas ocorrências de trabalho análogo a escravo. “Nas próximas operações de pesca, já pretendemos usar os drones”, referiu Vital Brasil, em declarações à Agência Brasil.
Outra situação é em pedreiras, onde os trabalhadores estão normalmente concentrados em determinados locais e fogem quando as equipes de fiscalização chegam. O uso do equipamento, neste caso, vai ajudar a localizar os trabalhadores e verificar as condições de trabalho deles.
As operações nas áreas rurais também vão usar os aparelhos. “Muitas vezes quando a fiscalização chega a uma fazenda, ela é muito grande e está com aos portões fechados. Com os drones, vai ser fácil localizar onde os trabalhadores estão, para podermos chegar até eles”, explicou.
O responsável afirmou ainda que a utilização do equipamento vai permitir também fiscalizações em grandes obras, como as que estão sendo feitas para os Jogos Olímpicos de 2016.
“Com o drone vamos conseguir sobrevoar as grandes obras, ver o estágio em que estão e saber o melhor momento de agir”, explicou.
Em cada drone, de modelo Inspire1, haverá uma câmara de vídeo, que poderá tirar fotos e gravar vídeos com resolução de até 4K, considerada Ultra HD.
Os voos têm duração aproximada de 20 minutos, com alcance de aproximadamente dois quilómetros e a cerca de 70 metros de altura.
ZAP / ABr