Miguel A. Lopes / Lusa

Acordos com diversas classes da função pública, agradar a jovens e a pensionistas. Um impacto orçamental de quase 2 mil milhões de euros.
A Aliança Democrática (AD) conseguiu, para já, 1.951.977 votos nas eleições legislativas deste ano. Para já, é essa a contagem, proveniente dos eleitores que moram em Portugal.
No ano passado, por esta altura (quando estavam contabilizados apenas os votos do território nacional), a AD tinha 1.811.027 votos. Conseguiu mais 140.950 votos do que no ano passado.
Ao longo da legislatura anterior, e apesar de muito curta, o Governo chegou a acordos para diversas classes da função pública, entre professores, forças de segurança, guardas prisionais, Forças Armadas ou profissionais de Saúde.
Também tentou agradar a jovens e pensionistas, nomeadamente com mexidas no IRS e nas pensões.
Adoptou medidas, políticas fiscais e de despesa pública que foram para além do que está previsto na Lei.
Tudo junto teve um impacto total de 1.945 milhões de euros.
O ECO fez contas (arriscadas, admitiu mais tarde o editor portal, António Costa) e verificou que, dividindo esse valor pelos novos eleitores, cada voto de um novo eleitor “custou” cerca de 13.800 euros.
Isto numa perspectiva (virtual) de contexto empresarial: novos clientes são atraídos com benefícios.
Se forem contabilizados todos os votos, e não apenas os ganhos em relação ao ano passado, cada voto custou cerca de 1000 euros.
A Conta Geral do Estado de 2024 revela que o conjunto de medidas de política orçamental de caráter permanente, mais medidas previstas no Orçamento do Estado de 2024, teve um impacto negativo no saldo orçamental de 8.564 milhões de euros.