/

Portugal vai dar 300 milhões de euros de apoio militar à Ucrânia

3

Tiago Petinga / EPA

Marcelo Rebelo de Sousa, Volodymyr Zelenskyy e Luís Montenegro

O apoio será, no mínimo de 300 milhões, mas pode ainda ascender aos 450 milhões de euros. A ajuda será financeira ou em armamento.

Portugal poderá contribuir com pelo menos 300 milhões de euros para um novo pacote adicional de apoio militar à Ucrânia, integrado num plano de 20 mil milhões de euros que está a ser preparado pela União Europeia (UE). A decisão pode ser oficializada na reunião extraordinária do Conselho Europeu marcada para esta quinta-feira.

Uma fonte governamental portuguesa ouvida pelo Público frisou o compromisso do país: “O compromisso de Portugal com a Ucrânia é total, e se houver acordo no Conselho Europeu, Portugal fará parte desse acordo”. O contributo nacional poderá ser feito em dinheiro ou em espécie, como o envio de armas e munições.

Em 2024, Portugal comprometeu-se com mais de 220 milhões de euros em apoio à Ucrânia. No entanto, o governo prefere não especular sobre o montante deste ano até que as negociações no Conselho Europeu sejam concluídas.

A participação financeira de cada Estado-membro é calculada com base no Rendimento Nacional Bruto, e a fatia portuguesa poderá chegar aos 450 milhões de euros se o pacote de apoio para 2025 for aumentado para 30 mil milhões de euros, como é defendido por alguns países europeus.

Este aumento ampliação do apoio europeu à Ucrânia visa responder à incerteza sobre a continuação da ajuda militar dos Estados Unidos, depois da reunião acesa entre Zelenskyy e Trump na semana passada e mediante a proximidade crescente entre os EUA e a Rússia.

A urgência em aprovar o novo pacote de apoio militar cresceu após o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado cortar a ajuda norte-americana à Ucrânia, considerando “desrespeitosas” as objeções do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, às negociações de cessar-fogo com a Rússia.

Segundo fontes de Bruxelas, sem o reforço da ajuda europeia, as Forças Armadas ucranianas poderão perder a capacidade de defesa contra os ataques russos até ao final do verão.

Os europeus mostraram-se preparados para assumir um papel de liderança na manutenção de um eventual acordo de paz, incluindo o envio de tropas para o terreno, desde que os EUA forneçam o suporte estratégico, como a dissuasão nuclear.

ZAP //

3 Comments

  1. É continuar a alimentar uma causa perdida, ao invés de alimentar os cada vez mais necessitados deste país (causa que nunca se devia ter iniciado, pois nunca a Ucrânia devia ter insistido na adesão à NATO)….

    • Completamente de acordo. O comediante que não se dá farto, aparece e logo acorrem os cheira bufas, mais papista que o papa, andando com ele na palma das mãos, enchendo-lhe o bolso sem se preocuparem se isso faz sentido, e para onde vai exactamente essa dinheirama, como se não nos fizesse falta para cobrir necessidades nacionais mais prementes.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.