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“O meu nome não é para vender bilhetes”. Gouveia e Melo e um jantar que virou polémica

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José Sena Foulão / Lusa

O chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo

O Almirante Gouveia e Melo está a receber fortes críticas depois de ter cancelado a presença num jantar-debate. Acusam-no de “falta de respeito e de palavra”. “O meu nome não é para andar a vender bilhetes”, responde.

Este jantar debate está a ser organizado pelo movimento “Pensar em Alcochete”, dedicando-se ao tema “Vírus Anti-Democrático“, e está agendado para esta sexta-feira, 24 de Janeiro.

O organizador do evento, Zeferino Boal, ex-autarca do CDS em Alcochete e pertencente ao movimento, critica o Almirante por ter cancelado a sua presença no evento em cima da hora, como alega.

“Demonstra falta de respeito por todos“, “falta de palavra de honra e de compromisso”, o que o torna “indigno de ocupar funções de Estado“, aponta Boal numa publicação que lhe é atribuída na página do Facebook do movimento “Pensar em Alcochete”.

“Tenho dignidade e vergonha pela atitude de uma pessoa sem carácter e honra, que é useiro nestes actos, não é digno do respeito de ninguém”, acrescenta o ex-autarca.

Gouveia e Melo assegura ao Correio da Manhã (CM) que comunicou que não marcaria presença no jantar com “sete dias de antecedência”.

O Almirante justifica que o convite que tinha recebido era “para uma pequena tertúlia privada” e que, “de repente, já estava transformada num grande evento”. “Já tinha até uma reportagem do canal um assegurada”, acrescenta citado pelo CM.

“O meu nome não é para andar a vender bilhetes”, conclui Gouveia e Melo.

Ex-autarca acusa Gouveia e Melo de mentir

Zeferino Boal já respondeu ao Almirante numa outra publicação no Facebook, na página do movimento “Pensar em Alcochete”, onde diz que Gouveia e Melo “mente”.

“Foi convidado para um jantar que tem uma história de sete anos e foi-lhe explicado a natureza do evento, para o qual já tinha sido convidado em Dezembro de 2021 e quinze dias antes também cancelou porque ia tomar posse”, começa por notar Boal na publicação.

“Desta vez, fomos informados a 48 horas” do evento, acrescenta, notando que a iniciativa implica que “as pessoas pagam o jantar e não um bilhete para assistir a um espectáculo de circo”.

“Não é uma personalidade que vai estragar os nossos propósitos de cidadania livre”, refere ainda, salientando que o jantar se vai manter, mas manifestando a intenção de devolver o dinheiro já pago a quem não quiser comparecer, dada a ausência do Almirante.

“Nem nos deslumbramos ou ficamos assustados com “flash” mediático e quem não está preparado para combater que fique eternamente submerso“, conclui Zeferino Boal.

ZAP //

3 Comments

  1. O Sr. Gouveia e Melo não era o que passou ralhetes públicos na Madeira aos marinheiros da Armada que se recusaram a embarcar num navio que era seguro e que passados dias ficou avariado no meio do mar?
    Não foi este camarada que levou a que o seu comandante chefe fosse atirado pela borda fora?

  2. Tem o pleno direito de recusar associar-se aos ” Irrevogáveis” CDS’s ou a qualquer outro Club ! …….En caso que se Candidate a P.R , os Eleitores decidirão !

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