Tiago Petinga / Lusa
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com o ex-Chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo.
O Almirante Gouveia e Melo continua a ser o favorito nas sondagens sobre os possíveis candidatos à Presidência da República em 2026. Há uma rejeição assinalável dos demais nomes avançados e só António Guterres faz sombra ao militar.
Henrique Gouveia e Melo e António Guterres surgem empatados na sondagem realizada pela Pitagórica para a TVI, a CNN Portugal e o Jornal de Notícias que avalia as preferências dos portuguesas para as eleições presidenciais de 2026.
Tanto o militar como o actual secretário-geral da ONU recolhem 28% das preferências dos inquiridos que dizem que votariam “de certeza” num deles.
A percentagem desce para 23% no caso de Passos Coelho, e António Costa recolhe 22% das preferências.
Seguem-se Mário Centeno com 17% e Marques Mendes com 15%.
Durão Barroso, Rui Rio e João Cotrim de Figueiredo reúnem 13% cada.
Depois, aparecem Ana Gomes e Paulo Portas com 12% de votos seguros dos inquiridos.
André Ventura recolhe apenas 11% dos votos a par de António Vitorino que soma a mesma percentagem.
Já António José Seguro recolhe somente 8% das intenções de voto.
Guterres teria de se demitir da ONU para ser candidato
O mandato de Guterres como secretário-geral das Nações Unidas termina no final de 2026. Por isso, para ser candidato a Belém teria de se demitir do cargo.
Esse cenário não está em cima da mesa, mas não pode ser totalmente afastado, até porque o PS ainda não conseguiu encontrar um candidato consensual no partido.
Em todo o caso, nesta altura, e considerando os nomes possíveis, Gouveia e Melo parece ter via aberta para Belém – embora ainda não tenha oficializado a sua candidatura.
André Ventura rejeitado por 80% dos inquiridos
Gouveia e Melo também é o candidato com uma menor taxa de rejeição, com 39% dos inquiridos a sublinhar que “jamais votaria” nele. Guterres é rejeitado por 44% das pessoas inquiridas.
Depois, todos os candidatos têm taxas de rejeição superiores a 50%, com destaque para André Ventura. 80% dos inquiridos referem que “jamais” votariam no líder do Chega.
Seguro tem uma taxa de rejeição de 63%, Ana Gomes de 69% e Marques Mendes de 58%.
Mário Centeno é rejeitado por 54% dos inquiridos e Passos Coelho por 57%.
António Costa soma 59% de taxa de rejeição.
O “Picareta falante” Guterres em Belém seria pior a emenda que o soneto. Que se deixe estar onde está que é o lugar ideal para retórica estapafúrdia. Para papagaio já temos um, o atual.
Um homem ideal para o cargo seria o atual ministro Castro Almeida. Tem figura, carisma, rigor e saber profundo. É talvez o político de maior coerência e que mais tempo tem servido Portugal.
Que sentido faz acrescentar nomes a uma sondagem, sabendo que não se vão candidatar, de certeza?
Que sentido faz votar no almirante, não se conhecendo as suas ideias nem as suas opções e ideias políticas?
Ele pode ser Deus ou o Diabo.
Isto faz-me pensar como é que decidem, muitos portugueses, quando vão votar (moeda ao ar?)