Secretário-geral da ONU discursou na cimeira BRICS. “Normalizou um criminoso” e não foi à cimeira da paz organizada pela Ucrânia.
António Guterres foi à Rússia, nesta quinta-feira. Mais precisamente em Kazan, cidade russa que recebe a cimeira dos BRICS.
Os BRICS – fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – é um grupo de países com denominado mercado emergente.
No seu discurso, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu cessar-fogo imediato em Gaza e apelou à paz no Líbano e na Ucrânia.
“Precisamos de paz em todo o lado. Precisamos de paz em Gaza com um cessar-fogo imediato e uma libertação imediata e incondicional de todos os reféns”, comentou Guterres.
O dirigente português também falou na Ucrânia. Pediu “uma paz justa, em conformidade com a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e as resoluções da Assembleia Geral”.
Além deste discurso, o líder da ONU esteve com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, num dos vários encontros bilaterais de Putin nesta semana.
Mas Guterres não foi nada tratar da paz, segundo o comentador José Manuel Fernandes.
O comentador foca-se nessa reunião com Putin – depois de Guterres não ter ido à cimeira da paz organizada pela Ucrânia, em Junho: “Não foi a essa cimeira, mas achou que não podia faltar à cimeira dos BRICS na Rússia e, mais do que isso, que não poderia deixar de ter um encontro com Vladimir Putin e aparecer várias vezes a cumprimentá-lo de forma calorosa“.
As diversas condenações mundiais a este gesto de António Guterres são aprovadas por José Manuel: “Guterres não tem servido para praticamente nada na guerra na Ucrânia. Com o gesto de ontem, normalizou um criminoso“.
“Foi um comportamento lamentável. Obviamente que o argumento que foi lá tratar da paz é um argumento que não casa. Não avançou um milímetro, nada. Não vai avançar nada. É paleio. É paleio, pronto. Não passa de paleio. São justificações daquela máquina gigantesca e muito bem paga da ONU“, continuou, na rádio Observador.
Já Adriana Boersner Herrera, professora de Ciência Política, acha que esta reunião é “significativa e controversa”.
“Guterres pode estar a tentar facilitar um acordo de paz, reforçar a posição da organização sobre a guerra na Ucrânia e responder às preocupações dos membros dos BRICS relativamente à representatividade de instituições internacionais como a ONU. Em última análise, desempenha as funções de secretário-geral da ONU e representa uma organização internacional”, cita o Expresso.
Guerra na Ucrânia
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Por uma vez, concordo com o comentador. Foi fora de propósito e no momento errado.
De resto, toda a gente sabe que a ONU é uma máquina de bons ordenados e muita corrupção (recordem o escândalo do programa Food For Oil, pouco antes da guerra no Iraque). Caiu tudo no esquecimento.
O Pantanoso Guterres a expandir os “pantanos” a nivel mundial. Felizmente está quase a vir embora e a deixar de envergonhar Portugal!