Tiroteio em escola cristã: rapariga de 15 anos mata duas pessoas nos EUA

JEFFERY PHELPS/EPA

Adultos e estudantes no exterior de uma igreja nos terrenos da Abundant Life Christian School após o tiroteio no início do dia em Madison, Wisconsin, EUA.

Outras duas pessoas correm risco de vida. Suspeita morreu de ferimentos de bala auto-infligidos, mas não se sabe ainda se se suicidou.

Um tiroteio teve lugar esta segunda-feira “dentro de uma sala de aula, numa sala de estudo com alunos de vários anos” numa escola cristã em Madison, Wisconsin.

As autoridades identificaram a estudante Natalie Rupnow, de 15 anos, como autora do ataque que deixou pelo menos três mortos, incluindo a agressora, disse a polícia. Até ao momento, não se conhece qualquer motivo para os atos de violência.

A suspeita, conhecida por “Samantha”, foi declarada morta a caminho do hospital, disse esta segunda-feira o chefe da polícia Shon Barnes, em conferência de imprensa. Morreu devido a um ferimento de bala auto-infligido.

No início do dia, a polícia disse que chegou à escola Abundant Life pouco antes das 11:00 (17:00 de segunda-feira em Lisboa), onde encontrou “várias vítimas com ferimentos de bala”.

Além dos três mortos — um estudante adolescente, um professor e a atacante — pelo menos seis pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade, tendo sido levadas para hospitais, de acordo com as autoridades. O responsável da polícia disse que dois estudantes estão em estado crítico e teme-se que não consigam sobreviver. Outros quatro têm ferimentos ligeiros.

A chamada para os serviços de emergência terá sido feita por uma criança da escola, segundo a CNN, que avança que “neste momento”, a polícia não está a tentar culpar os pais da suspeita — que estão a colaborar — pela tragédia.

A escola Abundant Life, uma instituição privada com cerca de 400 alunos de todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar até ao secundário, pediu orações aos seguidores na rede social Facebook.

“Todos os nossos alunos estiveram reunidos com os seus pais e estamos gratos por todo o apoio”, escreveu a escola na rede social Facebook: “Fomos inundados com pensamentos e orações. Esta grande nação está a apoiar-nos. Estamos muito gratos pelo tsunami de orações pelos nossos alunos, funcionários e famílias”.

A presidente da câmara de Madison, Satya Rhodes-Conway, pediu que “se faça melhor no país e na sociedade para prevenir a violência com armas” e criou uma linha direta de saúde mental para o público.

Os tiroteios em escolas têm sido uma rotina macabra nos Estados Unidos, com 322 este ano, de acordo com o K-12 School Shooting Database. Este é o segundo número mais elevado de todos os anos desde 1966, apenas superado pelo ano passado, que contou com 349 tiroteios.

Mas o que aconteceu esta segunda-feira é uma raridade: apenas cerca de 3% de todos os tiroteios em massa nos EUA são perpetrados por mulheres, segundo estudos citados pela Reuters.

ZAP // Lusa

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