Pela primeira vez, a Amazon apresentou um processo contra empresas que têm como negócio vender críticas fabricadas sobre produtos vendidos na plataforma de e-commerce. As acusações incluem violações de direitos dos consumidores e de marca registada.
Quando, há 20 anos, a Amazon implementou o sistema de críticas no seu site talvez já tivesse equacionado a hipótese de surgirem testemunhos falsos, sejam eles positivos ou negativos.
No entanto, a empresa poderá não ter considerado que as críticas falsas se poderiam tornar num negócio.
Várias empresas têm oferecido os seus serviços a utilizadores da plataforma de comércio online da Amazon, garantindo determinado número de comentários positivos em troca de um pagamento em dinheiro.
Tendo em conta a proliferação deste tipo de negócio, os vendedores presentes no site estarão a encontrar benefícios nestes serviços, já que o número de críticas positivas tem, comprovadamente, influência no processo de compra.
Agora, pela primeira vez, a Amazon vai processar pelo menos três fornecedores desta actividade, que considera fraudulenta.
Entre os nomes revelados, surgem os de conhecidos opinion makers, como o jornalista Jay Gentile, e de sites como o buyamazonreviews.com.
Quanto aos nomes usados pelos sites, com derivações do termo “Amazon”, as acusações prendem-se não só com a questão ética, devido à publicidade enganosa, mas também com a infracção de marca registada.
De acordo com a Amazon, estas práticas colocam em causa a relação de confiança entre os clientes e a plataforma e prejudicam os restantes vendedores presentes no site, que não utilizam estas estratégias enganadoras.
No processo, entregue em tribunal, a Amazon pede que sejam tomadas medidas tendo em vista o encerramento destes negócios, bem como a cessação do uso da imagem e marca da empresa para divulgação dos seus serviços.
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