Águia voa baixinho, mas sai ilesa

Tiago Petinga / Lusa

Muito difícil para o Benfica. A formação “encarnada” recebeu um Vitória de qualidade, justificou a vantagem de 1-0 conseguida na primeira parte, mas na segunda os vimaranenses foram mais equipa, dominaram, deixaram a plateia da Luz nervosa e estiveram mais perto do empate do que os da casa ampliarem.

Os comandados de Bruno Lage mostraram-se sem intensidade na etapa complementar, sem frescura e, talvez, a pensar já no próximo compromisso da Champions. O Benfica fica assim a dois pontos do Sporting e com um jogo a menos.

O jogo começou animado, com intensidade e ataques de parte a parte, com os vimaranenses a chegarem com frequência à área benfiquista.

As “águias” mostravam-se pacientes, a tentarem chamar o seu adversário para depois iniciarem transições rápidas.

E foi um desses lances, numa boa combinação colectiva, que a bola chegou a Kerem Aktürkoğlu, solto na esquerda da área, após assistência de Pavlidis. O turco rematou de primeira para o 1-0 e foi assim que se chegou ao intervalo.

O Vitória assumiu as rédeas do jogo no segundo tempo, mais forte no meio-campo, a rematar mais, a controlar a posse e a não deixar o Benfica sair em contra-ataque.

Ao longo da etapa complementar os minhotos mostraram-se sempre mais perto do empate do que os “encarnados” de ampliarem, mas os comandados de Bruno Lage souberam sofrer e segurar a vantagem magra, esperando sempre pela subida minhota.

O Jogo em 5 Factos

1. Benfica com muitas perdas no 1º terço

Trocar a bola em zonas recuadas à espera do adversário dá nisto e até provocou calafrios aos seus adeptos. O Benfica registou 16 perdas de posse no primeiro terço, batendo por larga margem o seu anterior recorde na prova, que era de 11, sendo que até este jogo apresentada uma média de 8,5. Curiosamente, o Vitória também fixou novo máximo desta estatística, com 19 (a média era de oito).

2. Vitória mais pressionante

Os minhotos instalaram-se no meio-campo benfiquista na segunda parte e pressionaram em zonas bem adiantadas, terminando com 22 acções defensivas no meio-campo adversário, contra apenas 16 dos homens da casa.

3. Minhotos muito bem no drible

Ao todo o Vitória tentou por 26 vezes o drible, máximo da equipa na prova (média era de 13 por jogo) e teve sucesso em 14, mais do que duplicando o seu anterior máximo (6) e pulverizando a média até agora (4). Aos invés, o Benfica não conseguiu ter sucesso em 20 das 31 tentativas de drible, máximo negativo da época para os “encarnados”.

4. Número mais baixo de enquadrados

Nem parece um jogo entre um dos grandes e o forte Vitória. O jogo na Luz teve apenas três remates enquadrados, um para o Benfica (e deu golo) e dois para os minhotos, igualando o valor mais baixo do campeonato, fixado no Famalicão-Arouca.

5. Vitória com mais presença na área

Outro indicador do bom jogo vitoriano foi o número de acções com bola na área contrária. Os minhotos assinaram 20, mais três que o Benfica.

Melhor em Campo

Segundo jogo consecutivo em que Manu Silva é o melhor em campo. Perante um Benfica que optou por atrair o futebol vimaranense, o médio acabou por ter uma grande preponderância no corte das transições “encarnadas”. Ao todo, Manu fez 12 recuperações de posse, máximo do jogo, ganhou nove de 12 duelos individuais e contabilizou 11 acções defensivas (três no meio-campo contrário), com destaque para quatro desarmes e seis alívios.

Resumo

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