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Fraude do azeite. “Misturam-no com bagaço para baixar o preço”

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O presidente do maior produtor mundial de azeite, a cooperativa espanhola Dcoop, denuncia uma fraude com este produto para o tornar mais barato.

Antonio Luque, presidente da Dcoop, refere que o azeite é misturado com bagaço de azeitona ou com óleo de girassol para baixar o preço de venda ao consumidor.

Em declarações divulgadas pelo jornal espanhol El Economista, o responsável da grande cooperativa agroalimentar espanhola lamenta que há “muitas pessoas” a cometerem esta fraude e queixa-se de que o Governo não toma “medidas para o impedir”.

A Dcoop tem “evidências com nomes e apelidos” envolvidos na fraude, mas “não há provas”, sublinha Luque, notando que, por isso, é difícil denunciar estes casos à justiça.

Assim, o líder do maior produtor de azeite do mundo apela a mais fiscalização e considera que “ou alguém leva isto a sério, ou acabará por ser um problema”.

Luque também acusa as duas grandes entidades patronais do sector – a Anierac (Associação Nacional de Embaladores Industriais e Refinadores de Óleos Comestíveis Menores) e a Asoliva (Associação Espanhola da Indústria e Comércio Exportador de Azeites de Oliva e Azeites de Orujo) – de “não combaterem a fraude”.

As declarações do presidente da Dcoop foram feitas aquando do anúncio de um aumento na facturação da cooperativa da ordem dos 14% relativamente a 2023, passando de 1.408 milhões de euros para 1.600 milhões. As vendas no exterior rondaram os 635,7 milhões de euros.

Espanha é responsável por quase metade da produção mundial de azeite, sendo o principal fornecedor deste produto para Portugal. Em 2023, Espanha exportou para Portugal cerca de 377,6 milhões de euros de azeite.

Nos próximos meses, espera-se uma descida dos preços do azeite para metade devido a um aumento da produção depois de uma época de chuvas que beneficiou a cultura das azeitonas.

Mas essa descida de preços ainda não deve acontecer a tempo deste Natal.

ZAP //

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1 Comment

  1. Nota-se no azeite que está a ser vendido em Portugal fraca qualidade e sabor, assim como preços elevados e por conseguinte ilegais/criminosos, mas não há nada a fazer nos regimes liberais/maçónicos é assim, não existe fiscalização nem concorrência.

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