O Benfica voltou às vitórias na Champions num jogo que teve uma segunda parte de loucos. As “águias” começaram por pagar caro uma má entrada no jogo e viram-se cedo em desvantagem.
Empataram a abrir o segundo tempo, por Pavlidis, e viram-se logo a seguir em superioridade numérica.
Só que quem voltou a marcar, mesmo com um homem a menos, foi o Monaco e parecia que o Benfica iria voltar do Principado monegasco de mãos a abanar.
Porém, dois cruzamentos “açucarados” de Di Maria para cabeceamentos certeiros de dois homens vindos do banco – Arthur Cabral e Amdouni – viraram por completo a contenda nos dez minutos finais e ofereceram os três pontos aos “encarnados”.
O Benfica não entrou bem no jogo. O primeiro remate digno de registo até pertenceu às “águias”, mas foi o Monaco que mandou nos minutos iniciais e Ben Seghir deixou um primeiro aviso antes de marcar mesmo, ainda dentro do quarto-de-hora inicial, após defesa incompleta de Trubin.
Em desvantagem, o Benfica despertou, aos poucos tomou conta do jogo e até chegou ao intervalo com mais remates e mais posse de bola, mas Di María desperdiçou, isolado, aquilo que parecia um golo certo na melhor oportunidade do primeiro tempo.
O início da segunda parte foi de loucos. Começou com uma bola no poste da baliza de Trubin, antes de Pavlidis aproveitar um erro incrível da defesa do Monaco para empatar.
Seguiu-se um golo anulado para cada lado e uma expulsão do lado dos da casa. Tudo isto em menos de 15 minutos.
Em superioridade numérica, Bruno Lage mexeu na equipa à procura da vitória, mas quem marcou foi o Monaco, e até podia ter marcado mais.
Só que, nos dez minutos finais, o Benfica fez finalmente valer o homem a mais em campo. Di María apareceu para, com dois cruzamentos primorosos, colocar primeiro a bola na cabeça de Arthur Cabral para o empate e, depois, na cabeça de Amdouni para a vitória.
O Jogo em 5 Factos
1. Má entrada do Benfica no jogo
O Benfica demorou a encontrar-se no Mónaco. Sofreu um golo cedo e chegou a meio do primeiro tempo com uns pouco aceitáveis 69% de eficácia de passe.
2. Novo máximo de acções na área adversária
Num jogo que foi disputado a grande velocidade e sem grandes preocupações defensivas, sobretudo na segunda parte, o Benfica terminou a partida com um total de 35 acções dentro da grande área contrária, um novo máximo da temporada na prova.
3. Cruzamentos precisos…e açucarados
O Benfica efectuou um total de 13 cruzamentos. Sete chegaram ao destino, o que dá uma notável eficácia de mais de 50%. E dois deles – vindos do mágico pé esquerdo de Di María – revelaram-se mesmo decisivos.
4. Segurança no primeiro terço
O Benfica não fez um jogo brilhante a nível do passe, sobretudo na primeira parte (a eficácia nesse capítulo foi melhorando com o passar dos minutos), mas pelo menos mostrou segurança no terço defensivo, onde só perdeu a bola por oito vezes.
5. “Águias” na armadilha do fora-de-jogo
Os jogadores do Benfica ainda não tinham sido apanhados em fora-de-jogo mais do que quatro vezes no mesmo jogo esta temporada da Champions. Esta quarta-feira, no Mónaco, foram-no por seis vezes (novo máximo da época) e Alexander Bah até viu um golo anulado por essa razão.
Melhor em Campo
Os adversários bem o tentaram travar (sofreu mais faltas do que qualquer outro jogador), mas não conseguiram. O médio turco Orkun Kökçü, tal como o resto da equipa, nem começou bem o jogo, mas teve uma exibição em crescendo, destacando-se no capítulo do passe, com nove passes progressivos e um total de quatro passes para finalização. Foi o melhor em campo no Mónaco.
Resumo
// GoalPoint