Gouveia e Melo não quer ser reconduzido no cargo e abre caminho para Belém

2

José Sena Foulão / Lusa

O chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo

O Almirante Henrique Gouveia e Melo terá informado o Governo que não está disponível para ser reconduzido como chefe do Estado-Maior da Armada. Fica, assim, livre o caminho para uma candidatura a Belém – que deve ser anunciada em março.

Gouveia e Melo não quer ser reconduzido chefe do Estado-Maior da Armada.

A notícia foi avançada, na noite deste sábado, pelo Observador, que avança que o Almirante já informou o Governo, por intermédio de Nuno Melo.

De acordo com o Obervador ministro da Defesa terá sido instruído por Luís Montenegro para aferir a disponibilidade de Gouveia e Melo para continuar à frente da Marinha.

Apesar de uma fonte próxima do chefe do Estado-Maior da Armada ter dito ao Diário de Notícias que “essa decisão ainda não está tomada pelo almirante e será tomada a seu tempo e de acordo com o contexto do país”, o Observador sabe já que o Almirante não está disponível.

Em declarações a ambos os jornais, Gouveia e Melo remeteu o assunto para o Governo.

“Quem poderá confirmar ou não essa informação é o Governo. Já foi tratado há algum tempo com o Governo“, cita o Observador.

A confirmar-se a inclinação de Gouveia e Melo rejeitar a recondução a chefe do Estado-Maior da Armada, está aberto o caminho para uma corrida a Belém.

De acordo com a SIC Notícias, o anúncio da candidatura à Presidência da República deverá acontecer em março.

O mesmo canal refere que Gouveia é Melo – que deixa o cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada a 27 de dezembro – deve passar à reserva nos finais de março e, nessa altura, deverá apresentar a candidatura a Belém.

Em 2021, em declarações à Lusa, o Almirante disse que não sentia necessidade de dar o seu contributo enquanto político, sublinhando que os militares e os políticos são completamente diferentes.

“Não sinto necessidade de dar [o meu contributo] enquanto político, primeiro porque não estou preparado para isso, acho que daria um péssimo político e também acho que devemos separar o que é militar do que é político, porque são campos de atuação completamente diferentes”, disse, naquela ocasião.

No entanto, já depois dessas declarações, em alusões a uma eventual candidatura, Gouveia e Melo recusou dizer “dessa água não beberei”.

Uma candidatura a Belém parece, agora, mais próxima do que nunca.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. A Candidatura Presidencial do cidadão português Gouveia e Melo tem a mesma dignidade social e tem a mesma liberdade e igualdade perante a Constituição e a lei. Portugal, sendo um Estado de direito democrático, o cidadão português Gouveia e Melo tem todo o direito de fazer parte da vida política e dos assuntos públicos de Portugal. O mundo humano está irracional e absurdo próximo de uma escalada de guerra global. O planeta terra está em risco de sobrevivência humana e consequente extinção da humanidade. O cidadão português Gouveia e Melo já provou e demonstrou ser titular de todas as qualidades e capacidades para o exercício do Cargo de Presidente da República de Portugal . O “povo” português não esquece o seu papel fundamental na crise da pandemia da COVID 19. É fácil deduzir que o próximo Presidente da República de Portugal será a pessoa humana incrível como enorme integridade cívica, sem vícios de políticos do sistema político. Força Gouveia e Melo, não deixes que te “lavem o cérebro”!. O “povo” democrático português está contigo.

  2. Se Portugal é uma República democrática baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular mediante o exercício do dever cívico e do Direito de sufrágio, todos os cidadãos têm o direito e dever de participação na vida pública em prol de uma sociedade livre, justa e solidária, na efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes Constitucionais no sentido do aprofundamento da Democracia participativa do povo português. A Democracia participativa no sentido da Defesa do “bem comum”, da “vida coletiva” e do regular funcionamento das instituições do Estado de Direito democrático de Portugal. Um Estado de direito democrático sem Justiça, sem Tribunais judiciais independentes, sem forças policiais legais e subordinadas à Constituição e Lei, e sem Forças Armadas operacionais e profissionais…É fundamental verificar, confirmar e validar o cumprimento integral da Lei; É fundamental aplicar a Constituição, a lei e o direito em geral em Portugal. O Presidente da República de Portugal deve ser independente, ético republicano e defensor da união do Estado português e da estabilidade social, bem como defender o regular funcionamento das instituições democráticas, sendo o Comandante Supremo das Forças Armadas. Os direitos humanos é uma coisa; o reconhecimento e a aplicação da justiça e dos direitos humanos é outra coisa. O que vale a existência de Direitos, se não existe a sua concretização e respeito pela sua aplicação jurídica?

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.