Novo míssil russo “pode atingir toda a Europa”. NATO e Ucrânia discutem ameaça

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Maxym Marusenko/EPA

Volodymyr Zelenskyy em conferência de imprensa

A NATO e a Ucrânia vão reunir-se de emergência na terça-feira, depois de a Rússia ter atacado uma cidade do centro do país com um míssil balístico hipersónico experimental. A guerra está a escalar.

Na quinta-feira, a Ucrânia disse que a Rússia disparou “um míssil balístico intercontinental” sem ogiva nuclear, declarações que foram corrigidas mais tarde por um alto responsável norte-americano, que descreveu a arma como míssil “experimental de médio alcance”.

O Presidente russo Vladimir Putin assumiu mais tarde a responsabilidade pelo disparo de um novo míssil de médio alcance.

“Os nossos engenheiros chamaram-lhe Orechnik” – disse Putin – um míssil intercontinental tem um alcance superior a 5.500 quilómetros.

Num aviso claro ao Ocidente, o Presidente Vladimir Putin afirmou, num discurso transmitido pela televisão nacional, que o ataque era uma retaliação pelo facto de Kiev ter utilizado mísseis de longo alcance dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, capazes de atingir o território russo.

“Ninguém no mundo tem tais armas”, disse Putin com um ‘sorriso fino’, como descreveu a NPR (rádio nacional norte-americana).

“Mais cedo ou mais tarde, outros países importantes também as terão. Estamos cientes de que estão a ser desenvolvidas”, acrescentou.

O Chefe de Estado russo garantiu ainda que os testes do míssil vão continuar, “incluindo em combate, dependendo da situação e do carácter das ameaças à segurança criadas para a Rússia”.

Putin disse que estas armas são tão poderosas que a utilização de várias delas equipadas com ogivas convencionais, num só ataque, pode ser tão devastadora como um ataque com armas nucleares.

Citado pela NPR, Sergei Karakayev, chefe das Forças de Mísseis Estratégicos da Rússia, confirmou que o Oreshnik poderia atingir alvos em toda a Europa, confirmando a tese de Putin, de que pode ser ser equiparado com ogivas nucleares ou convencionais.

A Aliança Atlântica (NATO) e a Ucrânia reúnem-se em Bruxelas na terça-feira para discutir o ataque russo com mísseis balísticos hipersónicos contra território ucraniano – a pedido de Kiev.

Por seu turno, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, atribuiu as culpas deste cenário ao ocidente, pelas “decisões e ações imprudentes”, ao fornecerem armas à Ucrânia para atacar a Rússia.

ZAP // Lusa

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3 Comments

    • Pois… … foi a Ucrânia que invadiu a Rússia, que diariamente bombardeia Moscovo, S. Petersburgo e demais cidades russas, causa a destruição de infra-estruturas CIVIS e assassina milhares de civis de todas as idades… A Ucrânia é um Estado independente e soberano, não é território russo como afirma o huno Átila do século XXI…

      • A Ucrânia não existe nem nunca existiu como País, foi o líder soviético Vladimiro Lenin que deu por decreto esse estatuto à Ucrânia.
        Aquilo a que se chama de “Ucrânia” é território Russo por direito, foi lá que nasceu a Rússia como País.

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