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Metro de Lisboa nega perseguição a redes sociais de grupos

Plano de comunicação da própria empresa anuncia monitorização das publicações. É um “acompanhamento normal” das opiniões.

A Metropolitano de Lisboa está a controlar de perto as redes sociais de vários grupos, incluindo de três ativistas, num processo relacionado com o plano de expansão da linha vermelha entre São Sebastião e Alcântara.

Essa monitorização é anunciada pela própria Metro de Lisboa no plano de comunicação do referido projeto, onde se lê que analisa vários grupos/páginas de Facebook: Movimento Salvar o Jardim da Parada; Fãs de Campo de Ourique; Nascemos Felizes em Campo de Ourique; Campo de Ourique; e Vizinhos de Alcântara.

Isto porque a Metro acha que os membros da “população local” que estão “ativamente” contra o posicionamento das estações são “ameaças” à expansão da linha vermelha.

O jornal Público informou que o controlo das redes sociais já acontece desde 2022.

Só o Movimento Salvar o Jardim da Parada aparece como um movimento especificamente contra a expansão.

Desse movimento fazem parte as três ativistas Susana Morais, Suzana Marques e Margarida Vicente, que estão contra a construção da estação de metro de Campo de Ourique no Jardim da Parada.

As três ativistas do Movimento Salvar o Jardim da Parada ficaram “chocadas” com esta informação – e vão apresentar queixa ao Ministério Público e à Comissão Nacional de Proteção de Dados.

Jorge Bacelar Gouveia, constitucionalista, vê este controlo como algo “bastante bizarro” mas que “certamente é ilegal e tem relevância criminal”.

Horas depois, a Metro Lisboa negou qualquer tipo de “vigilância indevida ou ilícita” às redes sociais de qualquer parte interessada no projeto de prolongamento da linha Vermelha até Alcântara.

A empresa considera abusivo o recurso a termos como “vigilância” e “ação especial de vigilância” e a sua associação ao Metropolitano de Lisboa.

A Metro assegura que o que está em causa é “o normal acompanhamento e a análise das referências públicas feitas ao referido projeto”.

A empresa analisou opiniões “na comunicação social e nas redes sociais, por todas as partes interessadas, incluindo cidadãos e grupos de cidadãos, em particular os que mais têm contribuído para o debate público sobre este empreendimento”, lê-se em comunicado.

ZAP //

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