O Governo vai fazer mudanças nas barragens e avançar com a construção de novas três, no Baixo Vouga, no Mondego e em Alportel. O objetivo principal é prevenir cheias e secas.
Perante as preocupações crescentes com os eventos meteorológicos extremos e o cenário vivido na Península Ibérica, nas últimas semanas, o Governo vai avançar com a construção de três novas barragens.
Sabe o Público que vai ser construída a Barragem do Pinhosão, para proteger a região do Baixo Vouga, em particular Águeda.
Coimbra e a sua futura estação ferroviária de alta velocidade vão ficar mais protegidas graças à construção da Barragem de Girabolhos, no Mondego.
Na ribeira de Alportel, no Algarve, vai ser construida a barragem de, para proteger Tavira, que ficou com várias zonas inundadas nos últimos dias.
De acordo com o mesmo jornal, vão ser feitas melhorias nas barragens existentes, nomeadamente:
- reabilitar/modernizar os sistemas existentes;
- telemetria e gestão remota das redes de água;
- nos sistemas agrícolas, trocar um canal aberto por uma conduta de maior dimensão e fechada
Prevê-se também a interligação de todos sistemas para gerir os recursos hidráulicos a nível nacional.
Anunciado em maio por Luís Montenegro o grupo de trabalho Água que Une está a preparar um relatório que, de acordo com o Público, será entregue ao Governo até ao final do ano e que proporá medidas e práticas a adoptar com o intuito de assegurar uma gestão mais eficaz da água no conjunto do território nacional.
No entanto, a rapidez com se está a desenhar o plano está a preocupar os especialistas.
Em declarações à Antena 1, Francisco Ferreira da Associação Zero alertou que é perigoso o Governoe tomar decisões destas sem avaliar primeiro todas as opções.
“No nosso entender, é uma decisão precipitada, sem termos os dados do ponto de vista técnico-científico-económico para decidir. Parece-nos um pouco excessivo”, considerou.
A Zero pede mais estudos para apurar se a construção de novas barragens é mesmo a melhor solução: “Este tipo de decisões envolvem estudos do ponto de vista económico e de custo-benefício em termos das diferentes medidas ideias para reter a água em caso de muita precipitação. Mas em muitos casos não são as barragens ou não são apenas as barragens que resolvem este tipo de consequências de eventos meteorológicos extremos“.
Dinheiro bem investido….