Adultos com mais de 60 anos que comem cerca de 30 gramas de frutos secos por dia apresentam uma redução de 16% no risco de demência. Se não tiverem sal, ainda melhor — mas comer amendoins e nozes não chega.
Basta consumir uma pequena porção diária de frutos secos para reduzir o risco de demência, verificou um estudo recente do Biobanco do Reino Unido, que envolveu mais de 50.000 participantes.
Os investigadores descobriram que os adultos com mais de 60 anos que comiam cerca de 30 gramas de frutos secos por dia apresentavam uma redução de 16% no risco de demência, em comparação com os que não comiam frutos secos. Quando eram sem sal, a redução aumentava para 17%.
O estudo, publicado na GeroScience em setembro, mostrou resultados consistentes, independentemente do tipo de frutos secos — quer sejam descascados, secos ou torrados.
No entanto, os efeitos foram observados apenas em indivíduos com determinados fatores de estilo de vida saudável. Os mais beneficiados não fumavam, tinham um peso saudável, evitavam o consumo diário de álcool e mantinham um sono regular.
O estudo também não encontrou uma redução significativa do risco de demência em homens de todas as idades ou em indivíduos que relataram solidão ou fraqueza muscular.
O estudo alinha-se com descobertas anteriores que associam alimentos ricos em nutrientes, como as nozes, à saúde do cérebro.
As nozes são ricas em compostos anti-inflamatórios e antioxidantes, que podem contribuir para estes potenciais efeitos protetores.
Embora alguns estudos tenham demonstrado um impacto positivo do consumo de frutos secos nas funções cognitivas, como a memória e a fluência verbal, outros ensaios relataram benefícios mínimos.
Estudos anteriores também associaram a dieta mediterrânica, que inclui frutos secos e azeite, a um menor risco de demência.
Por exemplo, a adesão a uma dieta mediterrânica foi associada a uma redução de 23% do risco de demência, enquanto o azeite, especificamente, foi associado a um risco 28% menor de morte relacionada com a demência, segundo estudos citados pela Science Alert.
As descobertas precisam, no entanto, de uma maior exploração, particularmente porque apenas cerca de um quarto dos participantes do Biobanco do Reino Unido referiram comer regularmente frutos secos.