O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, revelou esta terça-feira no Parlamento que houve sete entidades que apresentaram propostas não vinculativas para a compra do Novo Banco, sem especificar a sua identidade.
O responsável lançou esta informação durante a sua intervenção inicial no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao caso Banco Espírito Santo (BES)/Grupo Espírito Santo (GES).
“O Banco de Portugal encontra-se atualmente a analisar estas propostas”, sublinhou Carlos Costa, acrescentando que irá agora fazer a sua avaliação e consequente passagem à fase seguinte do processo de venda do Novo Banco.
No final de 2014, 17 entidades tinham demonstrado interesse no Novo Banco e, na ocasião, a entidade liderada por Carlos Costa realçou que, “por motivos de confidencialidade”, enquanto promotor da transação, não iria tornar pública a lista dos interessados.
A 3 de agosto do ano passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado “banco mau” (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.
O Novo Banco registou um resultado líquido negativo de 467,9 milhões de euros desde que foi criado, em agosto de 2014, na sequência da resolução do Banco Espírito Santo (BES), até ao final do ano passado.
A rentabilidade do Novo Banco foi afetada pelo custo total com imparidades, que ascendeu a 699,1 milhões de euros, dos quais 378,1 milhões de euros para crédito, 199,7 milhões de euros para títulos, 57,7 milhões de euros para ativos não correntes detidos para venda e 63,6 milhões de euros para outros ativos e contingências.
/Lusa
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