Biden agarra-se às cordas em campanha desesperada (e só uma mulher pode salvar os democratas)

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Michael Reynolds/EPA

Joe Biden, presidente dos EUA

O nervosismo começa a dominar os democratas – há quem fale em “pânico” – perante as dúvidas quanto ao estado de saúde de Joe Biden. O Presidente dos EUA estará a ser “pressionado” para deixar a corrida à Casa Branca, mas continua a segurar as cordas numa campanha desesperada para se manter.

Biden estará a fazer esforços para recrutar apoios junto de pesos-pesados do Partido Democrata, nomeadamente difundindo a ideia de que mudar de candidato a esta altura do campeonato seria um suicídio político.

Mas, após o debate catastrófico com Donald Trump, o candidato dos Republicanos, a retirada de Biden é o “elefante na sala”. Ainda nenhuma grande figura do partido pediu a sua renúncia, mas não se fala de outra coisa.

A ex-líder da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi, uma influente figura democrata que é mais velha (84 anos) do que Biden (81 anos), já considerou que é “legítimo” questionar a saúde do Presidente, mas também elogiou a sua “visão” política.

“Não sou médica. Não posso dizer o que acontecerá dentro de três ou quatro anos, mas acho que, pela minha experiência, (Biden) continuará a ser um grande Presidente dos Estados Unidos”, sublinhou Pelosi.

Será “o único que pode derrotar Trump”?

Menos empático com o Presidente, o congressista Lloyd Doggett foi o primeiro legislador do Partido Democrata a pedir publicamente que Biden renuncie à corrida à Casa Branca.

Doggett, eleito pelo Texas, alegou que o Presidente não conseguiu “defender efetivamente as suas muitas realizações” no debate com Trump. Assim, entende que deveria “tomar a dolorosa e difícil decisão de se retirar”. “Peço, respeitosamente, que o faça”, realçou.

A Casa Branca tem afastado quaisquer questões relacionadas com as faculdades físicas e mentais de Biden, mas tem sido visível que a sua agilidade física e verbal tem diminuído.

O próprio Biden admitiu que já não fala, nem debate tão bem, mas sublinhou que ainda pode “fazer este trabalho”.

E há quem continue a defender a sua continuidade na corrida, como é o caso do senador democrata Chris Coons, do estado natal de Biden, o Delaware.

Para Coons, Biden é “o único democrata que pode derrotar Donald Trump”, como defendeu no programa “This Week” da ABC, no domingo passado.

Barack Obama apoia Biden

Figuras importantes do partido, como Barack Obama, já vieram declarar apoio a Biden, desvalorizando o desempenho no debate. “Más noites de debate acontecem. Confiem em mim, eu sei”, apontou o ex-Presidente dos EUA numa publicação no X, o antigo Twitter.

Para Obama, é claro que a eleição será “uma escolha entre alguém que lutou pelas pessoas comuns durante toda a sua vida e alguém que só se preocupa consigo próprio; entre alguém que fala a verdade, que distingue o certo do errado e o dirá directamente ao povo americano – e alguém que mente descaradamente para seu próprio benefício”, escreveu ainda no X.

Mas as sondagens estão contra Biden, conforme indica um inquérito divulgado pela CBS News e que foi realizado nos dois dias após o debate, e que revelou que quase 75% dos eleitores registados acredita que o actual Presidente não deve concorrer, incluindo 46% dos democratas.

Outra sondagem citada pela agência Reuters indica que um em três democratas pensam que Biden devia desistir.

Só Michelle Obama superou Biden e Trump

Com tantas dúvidas em torno de Biden, há uma mulher que ganha força nos bastidores como a potencial “salvadora” dos democratas – e a única escolha que poderia derrotar Trump. É a antiga primeira-dama Michelle Obama, esposa de Barack Obama, que já disse que não quer ser candidata presidencial.

Se entretanto mudar de ideias, cedendo aos crescentes apelos para que se candidate, Michelle surge como a única opção dos democratas que pode fazer frente a Trump.

A sondagem citada pela Reuters revela que entre os nomes dos potenciais substitutos de Biden apresentados aos inquiridos, só Michelle Obama “superou Biden”, ficando à frente de Trump com 50% contra 39% “num hipotético confronto”.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, outra candidata potencial, ficou atrás de Trump por um ponto percentual, com 42% e 43%, na mesma sondagem.

Outro possível candidato democrata é o governador da Califórnia, Gavin Newsom, uma estrela em ascensão no partido que também ficou atrás de Trump, com 39% e 42% na sondagem citada.

De resto, este inquérito revela que a maioria dos nomes que têm sido avançados como potenciais substitutos de Biden são desconhecidos da maioria dos norte-americanos – a excepção é Michelle Obama, o que reforça o seu estatuto de candidata a candidata.

Michelle vai substituir Biden em Agosto?

A grande questão, agora, é se haverá sequer a hipótese de considerar Michelle Obama como potencial candidata dos democratas no lugar de Biden.

O senador Ted Cruz, republicano eleito pelo Texas, está certo de que Biden será substituído por Michelle na Convenção Nacional dos democratas em Agosto, ou seja, cerca de três meses antes das eleições.

Cruz partilhou esta previsão no seu podcast, considerando que “as probabilidades” de os democratas substituírem Biden por Michelle Obama “são de mais de 80%“.

O senador também disse que “os democratas de todo o país estão em total queda livre e em completo pânico” após Biden se ter saído “desastrosamente” no debate com Trump.

A antiga primeira-dama tem sido uma ausência notada na campanha de Biden e raramente expressou o seu apoio público ao ainda Presidente, ao contrário do marido Barack. Há rumores de que isto se deve a um desconforto com a família Biden.

Michelle, de 60 anos, terá ficado desagradada com a forma como têm tratado a amiga Kathleen Buhle depois da sua separação de Hunter, o filho de Biden.

Os Biden terão culpado Buhle, em privado, pela divulgação de alguns detalhes do divórcio do casal, como o vício de Hunter por drogas e o recurso a prostitutas, segundo refere o The Telegraph.

Mas as relações entre os Obama e os Biden terão começado a esfriar em 2015, depois da morte de Beau Biden, o outro filho do actual Presidente, ainda de acordo com o mesmo jornal.

Susana Valente, ZAP //

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7 Comments

  1. Não quer, mas mais ano, menos ano, vai candidatar-se. Barack (2 mandatos), Biden (fantoche do Obama, 1 mandato, a tentar o segundo), a seguir tem que ir para lá alguém próximo do Barack, e só sobra a Michelle.

  2. Eu!: há 4 anos também tinha, mas como se tem vindo a saber, houve fraude eleitoral numa série de estados. Votos registados múltiplas vezes, votos falsificados, votos que desapareceram, votos que foram mudados de um candidato para outro. Este ano pode esperar-se o mesmo.

  3. @Luis Pedro: E não esquecer os milhares boletins que foram encontrados em campos, rios e riachos.
    Mas acima de tudo os milhares de votos em todo país de pessoas que faleceram à mais de 100 anos atrás.

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  4. Lamentável, muito, mesmo, utilizarem um idoso para fins políticos. É uma falta de escrúpulos. É uma vergonha. A candidata real é a Kamala, que se diz negra e com uma infância difícil, por pobreza. O que é mentira, nasceu rica e é de origem indiana.
    Ela é que tem governado os USA. Utiliza o velhinho para ser a salvadora.

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