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Investigadores privados dizem que procurador da Argentina foi assassinado

cv Infobae / YouTube

Alberto Nisman, antigo procurador federal da Argentina

Alberto Nisman, antigo procurador federal da Argentina

Um grupo de peritos independentes contratados pela família de Alberto Nisman, encontrado morto com um tiro na cabeça em janeiro passado, concluiu que o procurador argentino foi assassinado.

Sandra Arroyo Salgado, ex-mulher do procurador, revelou esta quinta-feira em conferência de imprensa em Buenos Aires, que as análises mais recentes feitas pelos peritos confirmaram que não havia vestígios de pólvora nas mãos de Alberto Nisman e descartam a possibilidade de suicídio.

Outras conclusões são de que o disparo foi na parte de trás da cabeça e de que o corpo foi movido quando Nisman já estava morto, informação que não constava do relatório da procuradora Viviana Fein, encarregada da investigação.

O procurador estava a investigar o atentado de 1994 contra o centro judaico Amia, e tinha acusado a presidente Cristina Kirchner de ter encoberto o alegado envolvimento do Irão no episódio.

Os peritos fizeram suas análises com base em vídeos e documentos da autópsia, a pedido de Arroyo, que é juíza federal e que questionou a condução oficial das investigações.

“Uma morte violenta só admite três hipóteses: acidente, suicídio ou homicídio. Descartamos os dois primeiros motivo com contundência. Nisman foi vítima de um homicídio, sem qualquer dúvida”, disse Sandra Salgado.

A juíza encarregada do caso, Fabiana Palmaghini, tem ainda que decidir se aceita ou rejeita a perícia independente, que contradiz alguns pontos dos relatórios oficiais.

Segundo a BBC, a procuradora Viviana Fein ainda não descartou totalmente a hipótese de suicídio.

Questionada pela imprensa a respeito da perícia encomendada por Sandra Salgado, a procuradora afirmou esta quinta-feira que “nada permite que se afirme de forma categórica que tenha sido um suicídio ou um homicídio”.

O novo relatório e as suas contradições com as investigações oficiais despertam agora ainda mais incertezas, num caso envolto em mistério.

Mas enquanto a procuradoria tem ainda dúvidas sobre a causa da morte, para a família de Nisman a única grande interrogação é quem é que matou o procurador.

ZAP / BBC

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