Respeitar o direito internacional é permitir à Ucrânia que, no uso da sua legítima defesa, possa atacar posições agressivas russas”. A generalidade dos membros da NATO pensa o mesmo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, admitiu esta sexta-feira o uso em solo russo de armamento doado pelo ocidente à Ucrânia, desde que respeitando o direito internacional, posição que disse ser seguida “pela generalidade” dos Aliados da NATO.
“A generalidade dos países [Aliados da NATO] que têm contribuído com armamento e, designadamente, com um certo tipo de armamento para o esforço de guerra ucraniano, considera que devemos respeitar o direito internacional e respeitar o direito internacional é permitir à Ucrânia que, no uso da sua legítima defesa, possa atacar posições russas, que são posições agressivas” em solo russo, declarou Paulo Rangel.
Falando aos jornalistas portugueses em Praga, o chefe da diplomacia portuguesa acrescentou: “Sabemos que isso acontece designadamente em Kharkiv, onde há artilharia russa de alcance médio situada para lá da fronteira e que tem de ser contrariada e atacada, e houve aqui um consenso muito generalizado naqueles países que cedem este armamento porque têm de dar esta autorização bilateral”.
“Sempre que está respeitado o direito internacional, estamos confortáveis e julgo que toda a gente que zela pelo direito internacional fica confortável com essa posição”, adiantou Paulo Rangel, vincando que essa utilização só pode acontecer em legítima defesa.
Questionado sobre as ameaças russas, de uma escalada do conflito perante tal uso, Paulo Rangel vincou que “é basicamente retórica”.
“É importante dar esse sinal também para a Rússia compreender, porque senão […] teremos um conflito que se vai eternizar. […] A mensagem é de que a Ucrânia, do ponto de vista do direito internacional, tem toda a legitimidade para responder e para exercer a legítima defesa sem restrições”, reforçou.
40 mil milhões por ano: apoio é para manter
A posição surge depois de, esta manhã, O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg ter dito confiar numa utilização “responsável e de acordo com o direito internacional” do armamento doado pelo ocidente, por parte da Ucrânia, contra território russo, após um alívio parcial norte-americano.
A ajuda militar dos países da Aliança Atlântica à Ucrânia deve atingir pelo menos 40 mil milhões de euros por ano, durante o tempo que for necessário.
Na quinta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu autorização à Ucrânia para que use armamento de origem norte-americana para atacar alvos russos, desde que limitados à defesa da cidade de Kharkiv.
Na quinta-feira, Jens Stoltenberg havia pedido aos Aliados que revissem as restrições colocadas ao armamento ocidental usado pela Ucrânia em território russo, sugerindo que as limitações poderiam ser “reconsideradas” dada a evolução da guerra.
Na última semana, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, fez um apelo para que o país possa utilizar armamento disponibilizado pelo Ocidente para atingir posições militares no território russo.
A questão está longe de ser consensual e há vários países do bloco político-militar que querem continuar a limitar a utilização do armamento ocidental à defesa ucraniana no seu próprio território.
Ataques ao território russo com armamento fornecido pelo ocidente poderiam ser interpretados pelo Kremlin como um envolvimento direto no conflito e levar a uma escalada.
A República Checa, Finlândia, Canadá e Polónia já anunciaram que não se opõem à utilização do armamento que enviaram para a Ucrânia para atingir o território russo.
Vários membros da NATO estarão dispostos a enviar tropas para a Ucrânia se a Rússia conseguir avançar com a sua última investida no leste do país, segundo o Der Spiegel, numa altura em que a Rússia anunciou outra conquista de mais uma aldeia em Donetsk.
O jornal alemão avança que os deputados dos países bálticos estão furiosos com a política de Berlim relativamente à guerra na Ucrânia, que se recusou a fornecer armas de longo alcance ao exército ucraniano e não deu luz verde para que este atacasse o território russo com armas ocidentais.
ZAP // Lusa
Portugal está confortável com tudo o que os outros quiserem!!!
Quem é Portugal para, sequer, opinar sobre algo fora da sua exclusiva jurisdição?!
Quem ouvir e não conhecer estas bestas, até vai acreditar… das!!!
Se voto Chega, não é por crer neles… é, por não acreditar emn mais ninguém!!! Já são muitos anos a ser comido pelo PS. PSD e CDS!!! Fartei…. Basta… CHEGA!!!!!
Continua a triste pequenez deste país, sempre lambendo o pacote dos mestres.
E se Portugal se posicionasse, não a favor deste ou contra aquele, mas a favor da paz, não era muito altamente!?
Acho bem que a Rússia seja contra-atacada pelos ucranianos, que são aqui as reais vítimas. A ajuda dada pelos Estados Unidos da América ilustra bem a ideia de que têm que se combater os monstros que destroem países sem qualquer razão.
Oh, Joaquim, tu deves ser lerdo… o objetivo, a médio prazo, “diria”, é tentar fazer com que os ucranianos recuperam parte daquilo que os monstros da Rússia lhes tiraram… que venha mais armamento, que se acabe de uma vez por todas com esta miséria.