Projeto de criação de uma aplicação tecnológica para o turismo com organismo público do Governo Regional da Madeira na mira das autoridades. Marido da governante foi ouvido.
Fernando Pinto, marido da secretária de Estado das Pescas, estará na mira da Polícia Judiciária (PJ) após uma denúncia ligada a um projeto para o turismo para o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) da Madeira.
A notícia, avançada pelo Correio da Manhã esta sexta-feira, dá conta de uma empresa, Mobinteg — da qual o marido de Cláudia Monteiro de Aguiar é fundador e sócio — que terá preparado uma aplicação tecnológica para o instituto madeirense, de onde a governante é natural.
Será a forma como a Mobinteg estabeleceu o contacto com o IFCN, bem como o eventual papel que a governante de Luís Montenegro terá tido na operação, a estar na mira das autoridades.
Não há qualquer referência a quaisquer contratos do IFCN ou de outras entidades do Governo Regional da Madeira no portal de contratos públicos. No entanto, a aplicação no centro das atenções, Smitty, consta no site das apps do Governo madeirense — com o IFCN na lista de clientes da Mobinteg.
“Não há contrato, apenas um protocolo”
“Apenas foi celebrado um protocolo com o IFCN, IP sem quaisquer contrapartidas financeiras, em que o único compromisso que o Instituto assumiu foi o de possibilitar a entrada no Jardim Botânico e o acesso às levadas por parte da empresa para colocação dos beacons para realização do projeto-piloto”, garante a Secretaria Regional de Agricultura e Ambiente.
Por sua vez, a Secretaria Regional de Turismo e Cultura garante que “não houve qualquer diálogo com a secretária de Estado Cláudia Monteiro de Aguiar, antes ou depois de esta assumir funções governamentais, sobre negócios ou sociedades comerciais que Fernando Pinto fosse sócio e/ou titular dos respetivos órgãos de gestão ou administração.”
“Não tinha de declarar absolutamente nada”
“Não há contrato nenhum com o Governo Regional”, garante ao CM Cláudia Aguiar, que sublinha que o marido “foi ouvido como testemunha” pela PJ e que “não é arguido em absolutamente processo nenhum”.
Quando questionada se indicou a situação no questionário ao qual os governantes têm de responder antes de entrar para o Governo, de modo a afastar quaisquer eventualidades que possam prejudicar o Executivo, a secretária de Estado disse que “não tinha de declarar absolutamente nada“.
Nesse questionário, a pergunta número 32 é bastante direta: “Tem qualquer processo judicial, contraordenacional ou disciplinar pendente em que esteja direta ou indiretamente (envolvendo algum dos membros do seu agregado familiar) envolvida/o?”. A governante terá, ao que tudo indica, respondido que não.
“A Mobinteg está sempre disponível para prestar esclarecimentos às fontes judiciais e jornalísticas. A empresa e os seus sócios não são arguidos em qualquer processo”, garante um dos sócios da Mobinteg.
Ex-deputada, na Assembleia e na Europa
Cláudia Monteiro de Aguiar, licenciada em Sociologia pela Universidade do Minho, pós-graduada em Marketing e Comunicação pelo Instituto Politécnico de Leiria, e Executive Master em Gestão e Transformação Digital pela Universidade Católica Portuguesa, nasceu a 8 de Abril de 1982 no Funchal.
Entre 2011 e 2014 esteve deputada à Assembleia da República, onde foi membro da Comissão de Economia e membro da Comissão dos Assuntos Europeus.
Entre 2014 e 2024 esteve Deputada ao Parlamento Europeu, onde foi membro e Vice-presidente da Comissão das Pescas. Foi também Vice-presidente para as regiões Ultraperiféricas do intergrupo SEARICA.
…e quem nunca pecou que atire a primeira pedra!
Esta procuradoria não tem que fazer
Já foi demitida?!
A Lei é para todos… só o Presidente é, que é só para alguns amigos seus e de seus famelgas!!!
Mais outro cromo em que votei e… tou mais que arrependido!!!
Mais valia fazer um quadradinho no boletim de voto e, votar em mim!!!
A Esquerda é comprovadamente mais larápia do que a Direita.
Factos.