Os serviços de inteligência norte-americanos acreditam que Putin não terá mandado assassinar Alexei Navalny, dado que o timing da morte ofuscou a sua reeleição para a Presidência da Rússia.
As agências de inteligência norte-americanas acreditam que Vladimir Putin não terá ordenado a morte do seu principal opositor Alexei Navalny, que morreu em Fevereiro numa prisão na Rússia.
De acordo com o Wall Street Journal, os espiões dos Estados Unidos não ilibam Putin totalmente de responsabilidades, mas acreditam que o Presidente russo não planeava ordenar a morte de Navalny naquele preciso momento. Entre as razões apontadas para esta conclusão estão a análise factos públicos, informações confidencais e o próprio timing da morte de Navalny, que ofuscou a reeleição de Putin.
Apesar de esta teoria ser consensual entre a CIA e a unidade de inteligência do Departamento de Estado, os serviços de espionagem europeus continuam cépticos e acham pouco provável que Navalny tivesse sido assassinado sem que Putin estivesse envolvido na decisão.
Uma das hipóteses apontadas pelos aliados de Navalny como justificação para o momento da sua morte era a discussão que estava a decorrer para uma troca de prisioneiros em que o opositor de Putin estaria envolvido.
Apenas uma semana antes da morte, Joe Biden e o chanceler alemão Olaf Scholz discutiram uma potencial proposta de troca de prisioneiros que poderia ter libertado Navalny juntamente com outros cidadãos americanos detidos na Rússia. Em troca, o Kremlin queria Vadim Krasikov, um agente da inteligência russa condenado na Alemanha pelo assassinato de um dissidente georgiano. A Fundação Anticorrupção, criada por Navalny, acredita que Putin ordenou a morte imediata do seu opositor para evitar a sua libertação nesta troca.
Slawomir Dębski, director do Instituto Polaco de Assuntos Internacionais, um think tank próximo da presidência da Polónia, também duvida das conclusões da comunidade de inteligência dos EUA. “Navalny era um prisioneiro de alto valor politicamente e todos sabiam que Putin estava pessoalmente investido no seu destino. As probabilidades deste tipo de morte não intencional são baixas”, considera.
“A Cia é extrema esquerda” (pensamento chegofilo)