Ou ambos – quando um aparente fait-divers é assunto relevante para o país. A “oposição responsável” não faz o que Pedro Nuno fez.
Terça-feira, 26 de Março, final da noite. A poucos minutos do Dia Mundial do Teatro, o actor principal nas televisões foi Rui Rocha. Para falar sobre outro protagonista deste teatro político: André Ventura
O líder da IL achou que mais valia não ter pagado bilhete: “Foi um tristíssimo espectáculo, uma actuação lamentável. (…) Como pai, o que sei é que as birras resolvem-se com boa educação, agora com crianças de 40 e tal anos, tenho dificuldade em saber quais as medidas correctas”.
“É lamentável que a democracia e a Assembleia da República estejam a dar este triste espectáculo porque alguém quer fazer birra e aqui estamos numa birra de uma criança mimada quando já devíamos estar a resolver os problemas dos portugueses.”
Rui Rocha falava sobre o impasse que surgiu no Parlamento, logo nas primeiras horas desta legislatura, quando o Chega não votou a favor de Aguiar-Branco para a presidência da Assembleia da República e prolongou o “espectáculo” para uma sessão extra, no dia seguinte.
Outra peça
Uma semana depois, também numa terça-feira (deve ser um dia bom para ver teatro em algumas zonas de Lisboa): tomada de posse.
Pedro Nuno Santos, líder do PS e do principal partido da oposição, não foi. E, quando falou no dia seguinte, não explicou porque não apareceu na Sala dos Embaixadores do Palácio Nacional da Ajuda. “Não pude estar presente. Não fui. Ponto final”.
Já abordámos aqui algumas análises a essa ausência, que provavelmente surpreendeu muitos socialistas: Pedro Nuno Santos “errou”, cometeu uma “deselegância que não agradou a muitos dos seus eleitores” – e provavelmente já estará arrependido dessa sua decisão.
Uma decisão baseada num impulso? Para José Manuel Fernandes, sim. E não foi a primeira do género na sua carreira: “Em muitos momentos, deixa-se mais levar pelo impulso emocional do que pela racionalidade que se espera num líder político”. Na rádio Observador, o comentador político concorda que faltar à cerimónia foi um erro do líder do PS. E “contribuiu para a sua má imagem”.
Rui Pedro Antunes, editor de política, acha que “ficava bem” a Pedro Nuno ter estado lá presente e ter reagido no dia da tomada de posse: “Não pode dizer que é oposição responsável, querer passar por líder maduro sem traquinices, e depois dizer que ‘não fui porque não pude'”.
Filomena Martins, também jornalista, foi um pouco mais longe. Primeiro, disse que neste primeiro momento institucional da nova legislatura, Pedro Nuno Santos “não apareceu, não falou e deu instruções a toda a gente do PS para não falar. A oposição responsável ficou em silêncio”. E, quando falou quase 24 horas depois, apenas “disse coisas normais e repetiu a cassete socialista”.
“O pior” foi não ter respondido à ausência da tomada de posse. “Disse que não queria ter feito ruído… Foi uma desculpa mal amanhada. E diz que não é um assunto relevante? Claro que é relevante! Não basta dizer que vai ser uma oposição responsável; tem que parecer e ele tem que aparecer”, considerou Filomena.
No fim, recuamos ao início do artigo: a “criança mimada” e as “birras” que subiram ao palco, segundo Rui Rocha.
Rui Pedro Antunes admite que pode ter surgido um motivo pessoal muito forte para a sua ausência da tomada de posse. Mas não foi apresentado. Sem isso… “É postura de menino que está a fazer a birra”.
Já Filomena Martins: “Se a ausência foi para marcar uma posição… Que não consigo perceber… Confesso, vou dizer aqui uma coisa grave: foi uma atitude daquelas que ele critica em André Ventura“.
PNS do PS no seu habitual. Ao contrário do que a IL disse, Ventura não foi uma criança mimada. Ridículo foi elementos importantes da AD dizerem que não queriam nada do CHEGA e preferem o PS! Ora aí está os resultados da escolha assumida.
Pedro Nuno Santos, mostrou mau perder. Quem não sabe perder também não sabe ganhar. Felizmente os portugueses não deram a vitória a este ministro incompetente e demitido ( ou obrigado a isso ) pelo seu chefe: Costa. Infelizmente o PS mostrou-nos que conseguimos estar bem mais perto de uma “ditadura” de esquerda do que uma de direita
Quando lerem algo sobra a IL lembrem-se sempre de que votou contra o aumento do salário mínimo nacional.
PNS mostrou mau perder? ahahah!
Foi o primeiro a reconhecer a derrota na noite das eleições e a dizer que ia deixar a AD governar e ser oposição ao novo governo.
Isso é mau perder?
vale tudo para curar a frustração direitola