Tal como já se previa, a importante rota comercial foi afectada e o nervosismo cresce nas empresas ligadas ao comércio.
A guerra em Gaza, como muitas outras guerras, também mexe com a economia.
No final de 2023 começaram a acumular-se ataques de piratas, rebeldes apoiantes do Hamas (movimento Houthi, do Iémen), a navios que viajavam para Israel.
O palco destes conflitos é o Mar Vermelho, uma das rotas comerciais mais importantes do planeta.
Cedo se previu que este cenário iria afectar o comércio global, tornar as matérias-primas mais caras, mexer com o esquema oferta-procura ou originando escassez de produtos.
Também já se previa que a Europa iria sofrer consequências. É pelo Mar Vermelho que passam 15% dos produtos que chegam da Ásia do Golfo.
Na Alemanha já há nervosismo entre os responsáveis de empresas ligadas ao comércio, descreve o jornal Handelsblatt.
Há quem espere um mês pelos produtos, enquanto as companhias de naveção a aproveitam a crise para aumentar os lucros – o que também poderá aumentar os preços no consumidor.
O proprietário da Frosta, empresa de alimentos congelados, lamenta: “Só importamos cogumelos Mu-Err, bambu, manga e especiarias especiais do Extremo Oriente. Se faltam estes ingredientes nas nossas muitas refeições asiáticas congeladas, nem sempre temos alternativas”.
O impacto a nível geral, na Alemanha, tem sido cada vez maior ao longo dos últimos dois meses.
Na Wakeo surge o aviso: “Há claramente o risco de vermos prateleiras vazias nas lojas”.
A escassez reflecte-se mais nos artigos desportivos ou em pequenos aparelhos electrónicos: computadores, telemóveis ou monitores.
Os retalhistas que oferecem produtos sazonais de curto prazo são os mais afectados.
Guerra no Médio Oriente
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A foto não tem nada a haver com a crise do mar vermelho.