“Joacine Katar Moreira foi o Bruno de Carvalho do Livre”

André Kosters / Lusa

Rui Tavares, Joacine Katar Moreira

A ruptura entre Joacine Katar Moreira e o Livre foi “humana e pessoal”, e “dolorosa para o partido”. Quem o diz é o líder do Livre, Rui Tavares, que define a ex-deputada como uma espécie de Bruno de Carvalho” do partido.

“Ganhou eleições, tornou-se egocêntrica e saiu do partido”, resume Rui Tavares, referindo-se a Joacine Katar Moreira e depois de a comparar a Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting.

Declarações que foram feitas no programa “As Três da Manhã” da Rádio Renascença durante a rubrica “Desculpa, mas vais ter de perguntar” em que Ana Galvão, Joana Marques e Inês Lopes Gonçalves fazem perguntas provocatórias e bem-humoradas aos convidados.

Quando surgiu uma pergunta sobre Joacine Katar Moreira, Rui Tavares falou da antiga deputada do Livre como “uma espécie de Bruno de Carvalho” do partido.

“Nós conhecíamos a Joacine há anos, ela tinha sido nossa candidata em 2015. Para muitos de nós – e eu incluo-me nisso -, era uma amiga e as coisas não correram bem“, assumiu também o líder do Livre, concluindo que, neste tipo de situações, “toda a gente tem a apontar culpas de parte a parte”.

“O que foi mais doloroso de ver foi que, a certa altura, a Joacine meteu na cabeça uma ideia que o partido era todo inimigo dela e que não a queria”, continuou o deputado do Livre, notando que “a certa altura, não era mais possível comunicar”.

Revelando o “orgulho” na eleição da Joacine Katar Moreira pelo Livre, Rui Tavares apontou que “ruptura que foi pública” e destacou que o partido também “pagou o seu preço” pelo conflito interno.

“Perdeu o seu mandato que tinha conquistado, esteve anos fora do Parlamento“, mas “regressou” e “a vida segue”, concluiu Rui Tavares.

O líder do Livre também aproveitou para criticar os deputados do Chega, acusando-os de dizerem “Joacine Katar Moreira” sempre que “perdem” algum debate. “Ou Joacine Katar Moreira, ou é George Soros, ou é a mulher negra ou o homem judeu”, aponta, salientando que “voltam às origens e, então, têm de dizer qualquer coisa deste âmbito para achar que é ali um bocadinho a ‘revanche’“.