Deputados britânicos acusaram a PricewaterhouseCoopers (PwC) de promover “a fuga ao fisco à escala industrial”, em investigação promovida na sequência do designado escândalo LuxLeaks.
O comité de finanças públicas, um grupo de deputados de vários partidos, examinou como as firmas de consultoria contabilística aconselham as empresas para conseguirem reduzir o nível de impostos que pagam.
A investigação foi realizada no seguimento das revelações de negociações secretas sobre pagamento de impostos no Luxemburgo, que permitiu a empresas como a Apple, Ikea ou Pepsi evitar o pagamento de milhares de milhões de dólares em impostos.
O comité adiantou que as fugas de informação mostraram que a PwC ajudou as empresas a evitarem o pagamento de impostos.
“Acreditamos que as atividades da PwC representam nada menos do que a promoção da fuga ao fisco a uma escala industrial”, afirmou a presidente do comité, Margaret Hodge.
“O efeito foi o de reduzir o montante da taxa sobre as empresas que as multinacionais pagam nos países em que fazem os seus lucros”, adiantou.
O documento apela ao governo para que assuma posições mais duras na regulação da indústria da consultoria fiscal, “uma vez que é evidente que não é de confiança para faze a autorregulação”.
Os investigadores apuraram que sob estes esquemas de fuga ao fisco, os lucros de algumas empresas foram reduzidos de forma artificial em países com elevadas taxas, através de pagamentos feito a subsidiárias localizadas no Luxemburgo, com uma fiscalidade mais baixa.
As empresas aconselhadas pela PwC incluem a Amazon, a Ikea, a Burberry, a Accenture, a Coca-Cola e a Vodafone, segundo o documento.
O escândalo Luxleaks começou quando o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação conseguiu ter acesso a 28 mil páginas de benefícios fiscais obtidos por 340 empresas.
/Lusa
LuxLeaks
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