Presidente russo assegurou que a guerra seria prolongada e sublinhou as vantagens da longevidade do conflito para a China, como eventual parceiro comercial de armamento.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assegurou ao homólogo chinês, durante a visita de Xi Jinping a Moscovo em março, que a invasão da Ucrânia duraria pelo menos cinco anos, noticiou o Nikkei esta quinta-feira.
De acordo com o jornal japonês, esta foi a forma de Putin explicar a Xi que, no início deste ano, a situação não era particularmente favorável para a Rússia, nas frentes de batalha na Ucrânia, mas que continuava a acreditar na vitória das forças comandadas por Moscovo.
A versão de Putin junto do líder chinês também sublinhava as vantagens para Pequim de uma guerra prolongada na Europa, perante a possibilidade de a China vir a ser um parceiro comercial no campo do armamento.
O jornal japonês interpreta também esta mensagem do líder russo como “um aviso para que Xi não mudasse a sua posição pró-Rússia”.
O papel da China na Guerra e os sinais de cessar-fogo
Ao longo do conflito na Ucrânia, Pequim nunca condenou a invasão russa, e tem-se oposto às sanções ocidentais a Moscovo, embora tenha dado sinais de que não estava confortável com a situação de um país ver a sua soberania territorial violada.
Xi foi recebido no Kremlin em 21 de março e terá sido nessa altura que o líder chinês ouviu de Putin a garantia de que a guerra na Ucrânia nunca duraria menos de cinco anos.
A viagem de Xi a Moscovo foi a primeira do Presidente chinês depois de a Rússia ter iniciado a sua invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, tendo os dois líderes realçado o fortalecimento dos laços políticos e comerciais entre os seus países, com palavras que realçavam o apoio tácito da China à “operação militar especial” russa.
“Muitas das disposições do plano de paz apresentado pela China são consonantes com as abordagens russas”, disse Putin no encontro, citado pela agência russa TASS.
O presidente russo disse ainda que tais disposições “podem ser tomadas como base para um acordo pacífico quando estiverem prontas para ele no Ocidente e em Kiev”.
Após a visita de Xi a Moscovo, a China enviou uma “missão de paz” à Europa, num gesto que foi entendido como uma tentativa de mostrar à comunidade internacional, e a Moscovo, que procuraria não romper os laços diplomáticos com os países ocidentais.
Até agora, nem o Kremlin, nem Pequim comentaram a notícia do jornal Nikkei.
Recentemente, o jornal norte-americano The New York Times noticiou que Putin tem usado intermediários para fazer chegar à Casa Branca a mensagem de que estará aberto a discutir a possibilidade de um cessar-fogo, colocando como condição a manutenção dos territórios ucranianos agora ocupados por Moscovo.
Vários analistas internacionais têm dito que, se a invasão da Ucrânia se prolongar durante muito mais tempo, isso terá um impacto efetivo nas ambições de Xi Jinping para o seu terceiro mandato como Presidente da China e como secretário-geral do Partido Comunista Chinês, sobretudo tendo em conta o seu plano de unificar Taiwan com a China continental.
ZAP // Lusa
Tretas!!!
Tb o avisou que, morreria antes da Guerra começar?!
Balelas… Sabiam que Putin era irmão de uma Gay?! Mais, que a namorada dela, fugiu para Viseu?! Que ainda é viva e, vive em Espanha?!