A Ucrânia não assumiu oficialmente o ataque mas a Rússia deve responder – e tem acumulado mísseis desde Junho.
É o assunto que marca o início da semana, na guerra na Ucrânia – além da suspensão do acordo de cereais.
A ponte da Crimeia foi atacada por drones na madrugada de segunda-feira. Foi encerrada devido às várias explosões que mataram um casal e feriram a sua filha.
Foi o segundo ataque que danificou esta ponte de 19 quilómetros – a ponte mais longa da Europa e a principal ligação terrestre entre a Rússia e a península da Crimeia.
O Governo da Ucrânia não confirmou que este ataque foi da sua autoria. Há apenas a indicação de fontes não identificadas dos Serviços Secretos ucranianos e da Marinha, que revelaram à agência Ukrinform que atacaram um “alvo legítimo para a Ucrânia, porque foi construído em território ucraniano ocupado”.
Aliás, Dmytro Pletenchuk, porta-voz da Marinha ucraniana, até comentou com ironia: “Na Crimeia é Verão, época de férias. Por isso, cada vez mais pessoas fumam em locais onde não deveriam fumar, por causa do afluxo de turistas. É por isso que há explosões à noite”.
The Investigative Committee of the Russian Federation published a video from the Crimean Bridge.
Looks like they are hard at work collecting evidence. God knows why since they’ve already decided that Ukraine and NATO did it. #Crimea #CrimeanBridge #KerchBridge pic.twitter.com/68MNKG2yU7
— Natalka (@NatalkaKyiv) July 17, 2023
Mas, mesmo sem confirmação oficial de Kiev, a Rússia vai responder.
“É claro que haverá uma resposta da Rússia”, avisou Vladimir Putin na noite passada, após reunião urgente com outros membros do Kremlin.
Oleksandr Kovalenko, comentador político-militar, avisa que os russos devem utilizar este ataque como motivo para um ataque massivo com mísseis.
Porque este foi um “sério golpe de reputação” para a Rússia, num local que é um dos mais protegidos, ao mais alto nível – esta ponte e a baía em Sebastopol. Apesar de toda a segurança, a ponte foi atingida.
“Os russos culpam a Ucrânia e vão responder à altura”, continua Olekansdr, que lembra que a Rússia está a acumular mísseis-cruzeiro desde o dia 24 de Junho. Há quase um mês que os russos não utilizam esses mísseis.
“E essa pausa não foi porque os mísseis acabaram ou porque a produção parou. Eles acumularam munições e agora têm suficientes para lançar um ataque massivo com mísseis, ou drones, ou ambos. É difícil dizer quão grande pode ser esse ataque”, avisa o comentador, no portal TSN.
Essa ponte tem que ser destruída com bombardeiros ucranianos É por onde a Rússia passa com as suas munições para a zona de combates.
E vai ser derrubada. Mais cedo do que tarde.
Além de ser ilegal ( foi construída em território ilegalmente anexado) é um alvo militar porque por aí passa grande parte da logística da guerra do assassino.
Com ela em baixo as forças russas só podem ser abastecidas a partir do corredor vindo de Rostov, e esse está debaixo do alcance da artilharia ucraniana,