Atenção à resposta da Rússia: a ponte da Crimeia foi um “golpe sério”

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EPA/Russian National Anti-Terrorist Committee

Ponte da Crimeia atingida

A Ucrânia não assumiu oficialmente o ataque mas a Rússia deve responder – e tem acumulado mísseis desde Junho.

É o assunto que marca o início da semana, na guerra na Ucrânia – além da suspensão do acordo de cereais.

A ponte da Crimeia foi atacada por drones na madrugada de segunda-feira. Foi encerrada devido às várias explosões que mataram um casal e feriram a sua filha.

Foi o segundo ataque que danificou esta ponte de 19 quilómetros – a ponte mais longa da Europa e a principal ligação terrestre entre a Rússia e a península da Crimeia.

O Governo da Ucrânia não confirmou que este ataque foi da sua autoria. Há apenas a indicação de fontes não identificadas dos Serviços Secretos ucranianos e da Marinha, que revelaram à agência Ukrinform que atacaram um “alvo legítimo para a Ucrânia, porque foi construído em território ucraniano ocupado”.

Aliás, Dmytro Pletenchuk, porta-voz da Marinha ucraniana, até comentou com ironia: “Na Crimeia é Verão, época de férias. Por isso, cada vez mais pessoas fumam em locais onde não deveriam fumar, por causa do afluxo de turistas. É por isso que há explosões à noite”.

Mas, mesmo sem confirmação oficial de Kiev, a Rússia vai responder.

“É claro que haverá uma resposta da Rússia”, avisou Vladimir Putin na noite passada, após reunião urgente com outros membros do Kremlin.

Oleksandr Kovalenko, comentador político-militar, avisa que os russos devem utilizar este ataque como motivo para um ataque massivo com mísseis.

Porque este foi um “sério golpe de reputação” para a Rússia, num local que é um dos mais protegidos, ao mais alto nível – esta ponte e a baía em Sebastopol. Apesar de toda a segurança, a ponte foi atingida.

“Os russos culpam a Ucrânia e vão responder à altura”, continua Olekansdr, que lembra que a Rússia está a acumular mísseis-cruzeiro desde o dia 24 de Junho. Há quase um mês que os russos não utilizam esses mísseis.

“E essa pausa não foi porque os mísseis acabaram ou porque a produção parou. Eles acumularam munições e agora têm suficientes para lançar um ataque massivo com mísseis, ou drones, ou ambos. É difícil dizer quão grande pode ser esse ataque”, avisa o comentador, no portal TSN.

ZAP //

2 Comments

  1. Essa ponte tem que ser destruída com bombardeiros ucranianos É por onde a Rússia passa com as suas munições para a zona de combates.

  2. E vai ser derrubada. Mais cedo do que tarde.
    Além de ser ilegal ( foi construída em território ilegalmente anexado) é um alvo militar porque por aí passa grande parte da logística da guerra do assassino.
    Com ela em baixo as forças russas só podem ser abastecidas a partir do corredor vindo de Rostov, e esse está debaixo do alcance da artilharia ucraniana,

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