Tumultos em França: bombeiro morre em combate a fogo; reunião de emergência no Eliseu

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Em França, na noite deste domingo, um bombeiro morreu, quando combatia um fogo. No Eliseu, Emmanuel Macron e Élisabeth Borne reuniram-se para fazer um “ponto de situação”.

Os protestos desencadeados pela morte de um adolescente, alvejado pela polícia, em França, levaram a uma reunião de emergência, da Presidência francesa, na noite domingo.

Na sexta noite consecutiva de confrontos, foram detidas mais 157 pessoas, e três polícias ficaram feridos, segundo informações do Ministério do Interior francês.

Um bombeiro de 24 anos morreu, quando combatia um fogo que atingia automóveis, em Saint-Denis, em Paris, durante os distúrbios.

A informação foi avançada pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, na sua página da rede social Twitter.

“Ontem à noite, enquanto lutava contra um incêndio, um jovem de 24 anos, cabo-chefe do Corpo de Bombeiros de Paris, morreu, apesar da resposta rápido dos seus colegas”, escreveu o ministro.

No Eliseu, reunidos, estiveram o Presidente francês, Emmanuel Macron, a primeira-ministra, Élisabeth Borne, e sete ministros do Governo.

A reunião, que não estava incluída na agenda presidencial, efetuou um “ponto da situação” e uma “atualização da situação”, informaram fontes do Eliseu, citadas pelos ‘media’ franceses e pelas agências internacionais.

Entre os presentes encontravam-se também Gérald Darmanin, e o ministro da Justiça, Éric Dupont-Moretti.

O objetivo do encontro consiste em sublinhar a “firmeza” e a unidade do Governo com a presença de sete ministros, face à violência que emergiu nas principais cidades do país desde a passada terça-feira, segundo indicaram as agências internacionais.

Horas antes desta reunião, o Governo francês tinha anunciado de novo a mobilização de 45 mil agentes policiais para lidar com os protestos que decorrem no país há várias noites consecutivas, após a morte do jovem Nahel Merzouk, ocorrida na passada terça-feira em Nanterre, nos arredores de Paris.

Nahel, de 17 anos, foi morto na terça-feira pela polícia, na sequência de uma operação de controlo de trânsito.

O Ministério Público disse que o jovem estava a conduzir na faixa dos autocarros, tendo sido mandado parar pela polícia, mas não obedeceu à ordem.

Um dos agentes disparou contra Nahel, atingindo-o no braço e no peito.

O agente da polícia suspeito da morte do jovem está acusado de homicídio e em prisão preventiva.

As cerimónias fúnebres de Nahel decorreram no sábado, em Nanterre, com um velório privado, uma cerimónia na mesquita e o enterro num cemitério local, onde compareceram várias centenas de pessoas.

A avó do jovem apelou aos manifestantes que parem com os distúrbios, após cinco noites de tumultos.

“Quero que tudo isto acabe. Peço às pessoas que estão a destruir coisas que parem. Não destruam as escolas”, afirmou a avó de Nahel, identificada como Nadia, em declarações à BFMTV.

Nadia acusou parte dos manifestantes de estar a usar a morte do neto como uma desculpa para destruir o país.

Na noite de sábado, a agência noticiosa France-Presse (AFP) reportou um ataque à residência de um presidente de câmara de uma pequena cidade da região parisiense, que provocou ferimentos na mulher e num dos dois filhos menores.

Vincent Jeanbrun, presidente da Câmara Municipal de L’Haÿ-les-Roses, nos arredores de Paris, denunciou numa declaração publicada no Twitter “uma tentativa de assassínio indescritível e cobarde“.

Jeanbrun encontrava-se na Câmara Municipal, “tal como há três noites”, para fazer face à violência urbana, quando os desordeiros “atiraram um veículo blindado contra a sua casa antes de o incendiarem para incendiar a residência”, onde a mulher e os dois filhos menores dormiam, declarou, num comunicado publicado no Twitter.

Segundo Jeanbrun, depois de alertado, foi ao tentar “proteger” a família e “escapar aos agressores” que a mulher e uma das crianças ficaram feridas.

Entretanto, a polícia abriu um inquérito sobre a tentativa de assassínio, disse à AFP fonte judicial.

Segundo a fonte, os autores do crime incendiaram o veículo blindado bem como o carro da família do presidente de Câmara antes de serem dispersados pela polícia e pelos bombeiros, que “intervieram muito rapidamente”.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. O que mais será preciso como exemplos , para por Fin e desmantelar estas redes de criminosos ? …… O paradigma Social tem , obrigatoriamente de ser reconsiderado . E esta situação tende a tornar-se tentacular na Europa en geral , Portugal não está livre de viver também tais tumultos !

  2. Há menos de um ano, Lola Daviet, de 12 anos, foi violentamente abusada sexualmente, morta, enfiada numa mala e deixada num tapete em um prédio de Paris por um imigrante argelino. Não houve tumultos para ela, nem protestos em massa nas cidades e nenhuma indignação por parte dos políticos, nenhuma menção.
    O politicamente correto é o assassino silencioso da Europa!

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