“É a primeira vez”. Mina de lítio do Barroso tem luz verde para avançar

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Savannah Resources / ASMAA

Mina de lítio do Barroso

A mina de lítio do Barroso, proposta para Boticas, distrito de Vila Real, obteve uma Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada por parte da Agência Portuguesa do Ambiente, informou hoje a empresa Savannah.

Em comunicado, a empresa congratulou-se com esta decisão, considerando-a “muito positiva para o desenvolvimento do seu projeto”.

A Savannah salientou que “esta é a primeira vez que um projeto de lítio em Portugal tem uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável” e referiu que, após esta decisão pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), pode “iniciar a próxima fase de desenvolvimento do projeto ao nível do licenciamento ambiental.

“Como é natural neste tipo de aprovações, a DIA prevê o cumprimento de um conjunto de condições, medidas e compensações e que merecem o acordo da Savannah”, sublinhou, acrescentando que “estas condições garantem que o projeto será desenvolvido de forma responsável e que os benefícios socioeconómicos serão partilhados com todas as partes interessadas”.

O diretor executivo da Savannah, Dale Ferguson, considerou que a decisão positiva da APA “é um passo extremamente importante, não só para o desenvolvimento do projeto lítio do Barroso, mas também para a indústria de matérias-primas do lítio em Portugal”.

“Dado o compromisso da Savannah com práticas responsáveis, que minimizem o impacte e partilhem os benefícios socioeconómicos, a empresa também concordou com as condições associadas à decisão”, afirmou, citado no comunicado.

Condições que incluem, por exemplo, “a obtenção de aprovação condicional para construir a estrada proposta para a ligação à Autoestrada 24 (A24) e a limitação da remoção da vegetação da área do projeto em determinados meses do ano”.

A Savannah disse ainda que, outras condições, como a não captação de água do rio Covas e o enchimento e a recuperação paisagística das áreas de extração de minério “refletem os planos e compromissos que a empresa já assumiu nas suas apresentações à APA, bem como o programa de envolvimento da comunidade e os objetivos de descarbonização”.

“A decisão favorável da APA marca o início de uma nova fase para o projeto de Lítio do Barroso, para a Savannah e para Portugal, que dá o primeiro passo para assumir um papel significativo na cadeia de valor europeia das baterias de lítio e na transição energética”, salientou Dale Ferguson.

Uma DIA favorável permite à Savannah avançar “com os principais estudos económicos do projeto, incluindo a publicação de um estudo atualizado de definição do âmbito, no início do segundo semestre de 2023 e recomeçar o Estudo de Viabilidade Definitivo”.

A empresa submeteu o EIA da mina do Barroso em junho de 2020 e, dois anos depois, o projeto recebeu um parecer “não favorável” por parte da comissão de avaliação da APA, mas, ao abrigo do artigo 16.º do regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), o projeto foi reformulado e ressubmetido a apreciação.

A mina do Barroso tem uma duração estimada de 17 anos, a área de concessão prevista é de 593 hectares e é contestada por associações locais e ambientalistas e a Câmara de Boticas, no distrito de Vila Real.

// Lusa

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5 Comments

  1. Por aqui se vê o que são as prioridades ambientais. Na verdade servem apenas para esconder os negócios milionários que se vão fazendo. Sempre em nome do ambiente pois claro. Lol lol lol

  2. Bom, se a APA autoriza destruir-se uma montanha por causa do litio para uma multinacional fabricar baterias não vejo como poderá recusar o meu pedido para abrir um furo para regar as árvores e a horta. Podem ter a certeza que vou fazer o furo.

  3. Mais uma vez o interior é queimado em prol das Big Cities… para os carros não poluírem onde circulam, vamos poluir onde não circulam!!!
    O Costa está para o Sócrates como o, Vieira está para o Vale e Azevedo!!!

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