Montenegro pressiona Ventura – mas quando dirá a palavra “Chega”?

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José Sena Goulão / LUSA

Luís Montenegro com Marcelo Rebelo de Sousa

Líder do PSD não quer um Governo com elementos imaturos e irresponsáveis. Fala sobre IL, CDS… Mas há um partido cujo nome está impedido de dizer.

No panorama actual, de acordo com diversas sondagens, o PSD está praticamente empatado com o PS, sendo difícil definir (ainda a três anos das eleições) quem vencerá as próximas legislativas.

Com ou sem empate, há um sinal comum nos números: se o PSD quiser ter maioria absoluta no Parlamento, terá de se juntar ao Chega.

Luís Montenegro mantém o mistério: não diz que nunca fará qualquer acordo com o partido liderado por André Ventura.

Limitou-se a repetir, ou desta vez a pressionar, a ideia: “Eu quero garantir que não vamos ter no Governo, nem políticas, nem políticos, racistas, nem xenófobos, nem oportunistas, nem populistas”.

“Ou apoio político, se quiser: não vamos ter apoio político de políticas ou políticos racistas, xenófobos, que têm posições populistas, altamente demagógicas”, reforçou o presidente do PSD na CNN Portugal.

“E, sobretudo, eu não quero no meu Governo imaturidade e irresponsabilidade”, continuou.

Montenegro quis esclarecer que não inclui nestas características – racismo, xenofobia, oportunismo e populismo – os partidos CDS e Iniciativa Liberal. Mas continua sem dizer a palavra “Chega”.

“É uma maneira de avisar o Chega que não conta com eles?”, perguntou a jornalista Maria João Avillez.

“É uma maneira de os portugueses saberem aquilo com que podem contar”, respondeu o líder social-democrata.

Marcelo Rebelo de Sousa tem dito que não há uma “alternativa política óbvia” ao Governo liderado por António Costa.

Luís Montenegro não concorda. O presidente do PSD não se sente “diminuído, nem infantilizado”, pelas considerações do presidente da República. “O que não quer dizer que não discorde dessa posição em concreto. É falso que não haja alternativa em Portugal”.

“Há alternativa ao Governo e eu sou a alternativa, com o meu partido, o Partido Social Democrata”, assegurou.

Com a “certeza absoluta” que vai ser reeleito presidente do PSD em 2024, Montenegro falou sobre as eleições europeias do próximo ano: “Se tiver catástrofe eleitoral, saberei tirar as conclusões disso. Mas não vou ter”.

Se perder as eleições legislativas, não formarei Governo – isso está fora de hipótese – e abandonarei a liderança do PSD”, completou.

ZAP //

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3 Comments

  1. «…Desde um extremo ao outro do espectro partidário português, estes partidos são todos iguais no seu conservadorismo de regime. Fingem-se combater uns aos outros, só para enganar os Portugueses mais distraídos.
    Porém, estão alinhados, todos e ainda que em estilos diversificados, sob as mesmas batutas que controlam a imposição do sistema político-constitucional ainda vigente…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha»

  2. Se o Montenegro não soube fazer oposição ao PS, e quer ser PM sem coligação?!!! Será sim, quando as galinhas criarem dentes. E na sua vaidade vai mas é ser coveiro do PSD ou PSdois como é conhecido… O problema do páis é que são pulhíticos a governar e não GENTE COMPETENTE….. Esse é o problema nº 1 .

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