Carlos César quer Costa a pedir desculpas a Marcelo e aos portugueses

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Manuel de Almeida / Lusa

O presidente do PS, Carlos César

Para Carlos César, os comportamentos de Hugo Mendes “não são aceitáveis”, “revelam uma conduta perniciosa e, digo mesmo, estúpida”. 

Carlos César abordou ontem o momento complicado que o Partido Socialista ultrapassa, depois de um e-mail do antigo secretário de Estado Hugo Mendes se ter tornado público e ter obrigado António Costa a condenar publicamente o seu conteúdo. Segundo o presidente dos socialistas, o primeiro-ministro deveria “pedir desculpas ao Presidente [da República] e às pessoa em geral“.

Em causa está um e-mail enviado por Hugo Mendes a Christine Ourmieres-Widener para que a CEO da TAP alterasse o horário de um voo, de forma a acomodar as necessidades de Marcelo Rebelo de Sousa. Ontem, o primeiro-ministro afirmou aos jornalistas que caso a informação tivesse sido divulgada previamente levaria à demissão na hora do responsável.

Para Carlos César, os comportamentos de Hugo Mendes “não são aceitáveis”, “revelam uma conduta perniciosa e, digo mesmo, estúpida“.

“Como socialista, que acredita no Governo em funções e no seu desempenho mesmo nas condições difíceis com que se tem confrontado, já que o membro do Governo já não o é, ou seja, que não é possível ele se demitir ou demiti-lo agora, só resta pedir desculpas ao Presidente e às pessoas em geral”, escreveu numa publicação do Facebook.

O presidente dos socialistas falou ainda da “reunião secreta“, mantida entre a CEO da TAP, o grupo parlamentar do PS, mas também por elementos do Governo. “Não sei quem sugeriu a reunião e não compreendo a importância disso. Mas a verdade é logo manipulada pelas circunstâncias e pelo embuste“. Carlos César recusou ainda a ideia de que a reunião “teria acontecido para condicionar o depoimento da CEO na comissão de inquérito“, “quando nem sequer estava aprovada a criação de uma comissão de inquérito e muito menos estava ainda em funcionamento“.

A intervenção não terminou sem críticas a Pedro Santana Lopes e a Luís Marques Mendes, duas figuras de peso da política nacional e que durante o fim de semana defenderam a existência de razões para dissolver o Governo, nota o Público,

“Santana Lopes, corroborado pelo comentador do PSD Marques Mendes, entre outros, relançou a ideia de demissão do Governo pelo Presidente da República, lembrando a sua demissão por Jorge Sampaio. Mas… não há quem o lembre que Santana era primeiro-ministro por procuração e não pela legitimidade de eleição? Não há quem os lembre de que o PS obteve há pouco mais de um ano 41% dos votos expressos e sensivelmente o mesmo número de votos do actual Presidente da República que, a esse respeito, foi claro na tomada de posse do Governo?”

ZAP //

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3 Comments

    • O César que aproveite e que peça também desculpa a todos os portugueses pelo facto de quase toda a sua família viver da coisa pública.

  1. Olha-me este César! Sabe mais que a Lúcia. Vai catar macacos! Mas alguém acredita no que dizes, depois de dares emprego público a toda a tua família? Gente séria, pelo menos, quando não se ri.

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