António Costa: os três tanques na Ucrânia e o recado a Ventura

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Miguel A. Lopes/LUSA

António Costa e Ana Catarina Mendes no Parlamento

Primeiro-ministro confirmou que Portugal está disponível para enviar Leopard. Ventura aproveitou para falar sobre João Gomes Cravinho.

Portugal está disponível para enviar três tanques Leopard para a Ucrânia, para ajudar face à invasão da Rússia.

O número foi confirmado nesta quinta-feira por António Costa, que está em Bruxelas para o Conselho Europeu. O envio está previsto para Março.

Em relação aos aviões caças F16, solicitados por Volodymyr Zelenskyy, esses vão ficar em Portugal: “Estão todos alocados a missões de que não podemos prescindir”.

Portugal vai reiterar hoje ao Presidente ucraniano “todo o apoio à luta que a Ucrânia está a travar”, pois “seria uma tragédia para o mundo se o resultado desta guerra fosse uma vitória” da Rússia, disse o primeiro-ministro, António Costa.

À chegada à sede do Conselho Europeu, em Bruxelas, para uma cimeira que contará com a presença do chefe de Estado ucraniano, o primeiro-ministro comentou que “o dia de hoje vai ser obviamente marcado pela oportunidade de falar diretamente com o Presidente Zelensky”, e, questionado sobre qual a mensagem que transmitirá, disse que será aquela que Portugal tem sempre deixado desde o início da agressão militar russa, há quase um ano: disponibilidade para apoiar nas mais diversas formas a luta da Ucrânia em defesa do direito internacional.

“Seria uma tragédia para o mundo se o resultado desta guerra fosse uma vitória daqueles que estão contra o direito internacional, que não respeitam o direito internacional, o direito à integridade dos territórios, o direito de soberania dos povos, o direito à autodeterminação de cada uma das nações. É fundamental assegurar essa vitória. Isso é absolutamente claro”, declarou o chefe de Governo.

Costa, considerou fundamental a União Europeia preparar-se para novos alargamentos, pois “a pior coisa” que podia fazer era frustrar as “grandes expectativas” criadas quanto ao processo de adesão da Ucrânia.

“A última coisa que podemos fazer, que nenhum de nós tem direito a fazer, é frustrar as expectativas que agora foram criadas. Foram criadas, agora temos de as honrar”, declarou o primeiro-ministro à chegada ao Conselho Europeu, em Bruxelas, que hoje é palco de uma cimeira com a participação do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Ventura e Cravinho

Nesta quarta-feira, no debate de preparação no Parlamento para o Conselho Europeu, André Ventura aproveitou o contexto para perguntar a António Costa se continua a ter confiança política no ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Cravinho tem sido “alvo” da oposição porque, quando era ministro da Defesa, houve uma derrapagem nas obras do Hospital Militar de Belém – custaram 3.2 milhões de euros em vez dos 750 mil euros previstos.

Ventura acha que o ministro “é uma bolha prestes a rebentar” e apontou-lhe “inconsistência e incoerência”.

António Costa respondeu: “Verdadeiramente, para si, ninguém teria lugar neste Governo porque, seja franco, é contra a existência deste Governo. Este Executivo não foi criado à medida do líder do Chega”.

“ZAP” // Lusa

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7 Comments

  1. “…seria uma tragédia para o mundo se o resultado desta guerra fosse uma vitória” da Rússia, disse o primeiro-ministro, António Costa…

    Porquê? Será que o povo ucraniano nos merece mais respeito que os povos do Vietname, Iraque ou Cambodja, todos vítimas da agressão americana?…

    • Quer dizer que face ao facto dos EUA ter estado no Vietname e no Iraque e coreia, a Rússia tem toda a legitimidade para invadir e anexar território Ucraniano. ??? Santa ignorância !!! Relembro que a Russia esteva envolvida em invasões no afeganistão, Georgia, Tchétchénia, Crimeia etc…

  2. O Costa não tem qualquer coisa que se pareça com espinha … Está habituado a ser sodomizado!

    Estar a colocar Portugal na linha da frente para receber meia dúzia de misseis é apenas de um banana vassalo dos EUA!

    Suponho que ainda não sabem quem atacou a Alemanha e destruiu o Nordstream pois não?

  3. Porque não damos todos os Leopard? Os que estão avariados talvez os Ucranianos os consigam pôr a funcionar (pelos vistos, estão inoperacionais há anos!) e os bons não nos fazem falta – não me parece que a Espanha nos vá atacar nos anos mais próximos e nas nossas missões de paz em África estes tanques não servem.

  4. Napoleão e Hitler também nas suas ambições de dominar a Europa, combateram a Rússia recorrendo diversos exércitos da Europa e foram derrotados. Será que vamos ter um vencedor e líder global (EUA) ou será que a história se vai repetir?

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